quarta-feira, 26 de março de 2014

I CONFERÊNCIA ESTADUAL DO POVO DE TERREIRO DO RS

Eixos temáticos da Iª Conferência Estadual do Povo de Terreiro do RS.




A I Conferência Estadual do Povo de Terreiro do Rio Grande do Sul terá como tema central “A Matriz Africana e seus Pressupostos Civilizatórios”, desdobrando os respectivos eixos temáticos:

I - A Matriz Civilizatória Africana: Direitos Humanos.
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II - A Matriz Civilizatória Africana: Marco Legal, Racismo e Intolerância Religiosa.

III - A Matriz Civilizatória Africana: Desenvolvimento Sustentável e Comunidade Tradicional.

IV - A Matriz Civilizatória Africana: Organização Social, Política e Educação.

Objetivos de cada eixo:

I- Do Eixo I - Aprofundar e pactuar elementos filosóficos e teológicos eminentes ao reconhecimento da visão e da prática cultural e civilizatória do Povo de Terreiro.

II- Do Eixo II - Avaliar, aprimorar, sugerir propostas de leis e instrumentos de combate a Intolerância Religiosa e de reconhecimento da prática cultural de Matriz Africana.

III- Do Eixo III - Estabelecer um conjunto de diretrizes que legitime ações e programas de Interesse do Povo de Terreiro

IV- Do Eixo IV- Aprofundar parâmetros jurídicos de organização institucional do terreiro; estabelecer modelo de relação e deliberação para com o Estado; estabelecer diretrizes para formação do Povo de Terreiro.

Conteúdo programático de cada eixo:

I- Do Eixo I – Eixo conceitual, filosófico, teológico, valores e princípios que permeiam a cidadania do Povo de Terreiro;

II- Do Eixo II – Legislações vigentes e Mapa da Intolerância Religiosa no RS;

III- Do Eixo III- Meio Ambiente, Educação, Cultura, Saúde, Economia, Segurança Pública, Habitação e Saneamento, Desenvolvimento Urbano e Rural, Desenvolvimento Econômico e Social, Comunicação, Empreendedorismo, Território, Ciência e Tecnologia, Alimentação, Cooperativismo, Trabalho, Turismo, Esporte e Lazer;

IV- Do Eixo IV- Mapeamento Modelo institucional dos terreiros, e organização da participação popular do Povo de Terreiro;



ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
GABINETE DO GOVERNADOR
 COMITÊ ESTADUAL DO POVO DE TERREIRO (DECRETO Nº 50.112, DE 27/O2/2013
   


 I CONFERÊNCIA ESTADUAL DO POVO DE TERREIRO DO RS
A Matriz Africana e seus Pressupostos Civilizatórios
              Decreto nº 50.932, de 27 de novembro de 2013, publicado no DOE nº230 de 28/11/2013.

               
                                                            “O racismo cultural que tem se manifestado mediante o que se convencionou chamar de intolerância religiosa que grassa no Brasil, tem redobrado suas violências com mais contundências em cidades de Entes federativos da União cuja população vem se autodeclarando de Tradição de Matriz Africana e Afro-Umbandista em pesquisas oficiais (IBGE e FGV) como é o caso de Porto Alegre, sua região metropolitana e o Estado do Rio Grande do Sul como um todo. De acordo com os dados dos citados institutos de pesquisas e estatísticas os/as gaúchos/as sãos os/as adepto/as que mais se autodeclaram de Tradição de Matriz Africana e Afro-Umbandista no país.”(Jayro Pereira de Jesus, 2012)

No Ano Internacional do Afrodescendente, em 21 de novembro de 2011, dignitárias e dignitários da tradição de matriz africana inauguraram uma relação mais efetiva e construtiva com o Governo do Estado através do diálogo qualificado que expressou os anseios coletivos, na elaboração de políticas que efetivassem as reivindicações dos povos de terreiro e do conjunto das populações de ascendência africana, no que diz respeito às demandas históricas das Relações Étnico-Raciais compreendidas e dimensionadas civilizatoriamente, sobressaindo-se as questões Quilombolas e dos Povos de Terreiro.
                     O Comitê Estadual de Povo de Terreiro, instituído através do Decreto 50.112, de 27 de fevereiro de 2013 – instância inicial, portanto, provisória – que tem como meta estabelecer as condições técnicas necessárias tanto quantitativas como qualitativas para criação do Conselho Estadual do Povo de Terreiro do Rio Grande do Sul, não se reivindica como religião e sim numa dimensão e concepção cultural civilizatória tendo como base conceitual aAfrocentricidade, entendida como uma forma das pessoas perceberem e atuarem no mundo, em si mesmo e no seu entorno como sujeitos e agentes de  sua própria história, ação e lugar na comunidade.
                     O método mais democrático encontrado para consolidar o Conselho Estadual do Povo de Terreiro, de acordo com o Art. 1º e 2º do Decreto 50.112, de 27 de fevereiro de 2013, é o processo de conferência, onde o maior número de lideranças da tradição de matriz africana serão mobilizadas por regiões, escolhidas como delegadas e impregnadas pelo dever de representatividade na Conferência Estadual. Importante também ressaltar que a matriz africana, como processo civilizatório do povo brasileiro é fundamental nas discussões de políticas públicas contra a desigualdade racial.
                     Portanto a realização da Conferência Estadual do Povo de Terreiro, como instrumento organizador desta proposta, coloca-se como definidor do processo que irá propor, sugerir, apontar e elaborar políticas públicas voltadas ao Povo de Terreiro e às Populações de Ascendência Africana, considerando os pressupostos da xenofilia da cosmovisão africana, ressaltando a atitude pioneira no país e no estado no que tange a mobilização do Povo de Terreiro em prol de políticas públicas para o conjunto da população de ascendência africana.
                   
                            Coordenação do Comitê Estadual do Povo de Terreiro do Rio Grande do Sul


BARCO ECOLÓGICO PARA IEMANJÁ

MODO DE MONTAGEM

MATERIAL NECESSÁRIO
- Lâmina de papelão de acordo com o tamanho do barco que se deseja construir (obs.: as medidas indicadas aqui são para um barco de pequeno porte);
- retalhos de jornal ou papel para forrar o barco;
- papel crepom;
- tesoura;
- prendedores;
- caneta;
- cola caseira (obs.: receita abaixo).
Receita: Cola Caseira para papel
 Ingredientes:
- 1/2 litro de água;
- 3 colheres (sopa) de farinha de trigo;
- 1 colher(sopa) de vinagre.
Modo de Preparo:
Misture tudo e leve ao fogo até ferver, após levantar fervura desligue o fogo e aguarde esfriar. A cola já pode ser usada podendo durar até 07 dias na geladeira.
MONTAGEM DO BARCO
1 – Marcar com caneta no papelão o desenho de acordo com os moldes, inclusive suas dobraduras indicadas (ver fotos dos moldes). As medidas podem ser alteradas proporcionalmente para a montagem de barcos maiores. Obs.: medidas em centímetros.

Lateral do barco (deve-se se fazer duas matrizes, uma para cada lado)

Traseira do barco

Proa (dianteira) do barco

Banco do barco

Fundo do barco
2 – Recortar os desenhos nas chapas de papelão.
3 – Fazer dobraduras.
4 – Unir fundo do barco com as laterais, posteriormente traseira, dianteira superior, e banco fazendo o uso da cola caseira. De maneira a garantir a junção das partes com a cola, se deve prender nas pontas com o prendedor e deixar secar.
5 – Após a carcaça de papelão pronta, deve-se forrar o barco com as tiras de jornal ou outro papel de sua preferência, fazendo a colagem com o uso de cola caseira. Deixar secar.
6 – Pintar o barco fazendo o uso de tinta para papel.
7 – Após pronto barco pode ser enfeitado com o mastro, cordas e redes, fazendo o uso de jornal, papel de ceda, crepom ou outro de preferência.
Desta maneira percebe-se como é facil montar o seu próprio barco. Dentro dele poderão ser dispostos pétalas de flores, mel, líquido de perfumes e demais oferendas votivas biodegradáveis.

quarta-feira, 19 de março de 2014

19/03/2014 - RACISMO É BURRICE

Racismo É Burrice

Gabriel O Pensador

Salve, meus irmãos africanos e lusitanos
Do outro lado do oceano
"O Atlântico é pequeno pra nos separar
Porque o sangue é mais forte que a água do mar"
Racismo, preconceito e discriminação em geral
É uma burrice coletiva sem explicação
Afinal, que justificativa você me dá
Para um povo que precisa de união
Mas demonstra claramente, infelizmente
Preconceitos mil
De naturezas diferentes
Mostrando que essa gente
Essa gente do Brasil é muito burra
E não enxerga um palmo à sua frente
Porque se fosse inteligente
Esse povo já teria agido de forma mais consciente
Eliminando da mente todo o preconceito
E não agindo com a burrice estampada no peito
A "elite" que devia dar um bom exemplo
É a primeira a demonstrar esse tipo de sentimento
Num complexo de superioridade infantil
Ou justificando um sistema de relação servil
E o povão vai como um bundão
Na onda do racismo e da discriminação
Não tem a união e não vê a solução da questão
Que por incrível que pareça está em nossas mãos
Só precisamos de uma reformulação geral
Uma espécie de lavagem cerebral
Racismo é burrice
Não seja um imbecil
Não seja um ignorante
Não se importe com a origem ou a cor do seu semelhante
O que que importa se ele é nordestino e você não?
O quê que importa se ele é preto e você é branco
Aliás, branco no Brasil é difícil
Porque no Brasil somos todos mestiços
Se você discorda, então olhe para trás
Olhe a nossa história
Os nossos ancestrais
O Brasil colonial não era igual a Portugal
A raíz do meu país era multirracial
Tinha índio, branco, amarelo, preto
Nascemos da mistura, então por que o preconceito?
Barrigas cresceram
O tempo passou
Nasceram os brasileiros, cada um com a sua cor
Uns com a pele clara, outros mais escura
Mas todos viemos da mesma mistura
Então presta atenção nessa sua babaquice
Pois como eu já disse: racismo é burrice
Dê a ignorância um ponto final
Faça uma lavagem cerebral
Racismo é burrice
Negro e nordestino constróem seu chão
Trabalhador da construção civil, conhecido como peão
No Brasil, o mesmo negro que constrói o seu apartamento
Ou o que lava o chão de uma delegacia
É revistado e humilhado por um guarda nojento
Que ainda recebe o salário e o pão de cada dia
Graças ao negro, ao nordestino e a todos nós
Pagamos homens que pensam que ser humilhado não dói
O preconceito é uma coisa sem sentido
Tire a burrice do peito e me dê ouvidos
Me responda se você discriminaria
O Juiz Lalau ou o PC Farias
Não, você não faria isso não
Você aprendeu que o preto é ladrão
Muitos negros roubam, mas muitos são roubados
E cuidado com esse branco aí parado do seu lado
Porque se ele passa fome
Sabe como é:
Ele rouba e mata um homem
Seja você ou seja o Pelé
Você e o Pelé morreriam igual
Então que morra o preconceito e viva a união racial
Quero ver essa música você aprender e fazer
A lavagem cerebral
Racismo é burrice
O racismo é burrice, mas o mais burro não é o racista
É o que pensa que o racismo não existe
O pior cego é o que não quer ver
E o racismo está dentro de você
Porque o racista na verdade é um tremendo babaca
Que assimila os preconceitos porque tem cabeça fraca
E desde sempre não para pra pensar
Nos conceitos que a sociedade insiste em lhe ensinar
E de pai pra filho o racismo passa
Em forma de piadas que teriam bem mais graça
Se não fossem o retrato da nossa ignorância
Transmitindo a discriminação desde a infância
E o que as crianças aprendem brincando
É nada mais nada menos do que a estupidez se propagando
Nenhum tipo de racismo - eu digo nenhum tipo de racismo - se justifica
Ninguém explica
Precisamos da lavagem cerebral pra acabar com esse lixo que é uma herança cultural
Todo mundo que é racista não sabe a razão
Então eu digo meu irmão
Seja do povão ou da "elite"
Não participe
Pois como eu já disse: racismo é burrice
Como eu já disse: racismo é burrice
Racismo é burrice
E se você é mais um burro, não me leve a mal
É hora de fazer uma lavagem cerebral
Mas isso é compromisso seu
Eu nem vou me meter
Quem vai lavar a sua mente não sou eu
É você

19/03/2014 - NA VIBRAÇÃO DE OGUM

 Oguns que baixam nos Templos de Umbanda rodando suas espadas no ar, não são o próprio Orixá Ogum, pois o Orixá não baixa na Umbanda, muito menos são Caboclos de Ogum, os caboclos de Ogum são índios que fazem cruzamento com este Orixá.
O Povo de Ogum que baixa nos terreiros são espíritos de homens que fora ligados ao militarismo de alguma forma, estes espíritos por afinidades astrológicas e energéticas trabalham nessa linha são Guerreiros Romanos, Gregos, Espartanos, Mouros, Gauleses, Bárbaros,Hititas, Egípcios, Malês, Sarracenos, Templários, Britânicos, Chefes Indígenas, Bedúinos,Persas, Macedônios, Chineses, Samurais, Babilônicos, enfim vários países e territórios.
Vamos a explicações:

Ogum Matinata: Veste Vermelho apenas, é a linha mais pura de Ogum, sando chamado por Ogum Guerreiro.

Ogum Beira-Mar: Veste Vermelho e Azul Claro, ligado as praias de Iemanjá, conhecido como o Sentinela de Maria.

Ogum de Lei (Ogum Delê): Ligado a Xangô usa Vermelho e dourado, cor de sua armadura trás uma balança nas mãos ligado a execução da justiça.

Ogum Yara: Ligado a Ibeji e Oxum, usa vermelho e Azul escuro trabalha nas nascentes dos rios.

Ogum Malê ou Malei: Ogum ligado a Oxalá,patrono das entidades do Oriente e de Cura, cuida de todos espíritos dos médicos astrais, usa Vermelho e Branco, não usa acapacete.

Ogum Megê: Serventia de Obaluae, regula os Exus, trabalha muitas vezes dentro da Calunguinha, veste Preto, Vermelho e Amarelo, usa bandeira e lança como arma,alguns usam espadas, sempre respresentado montado num cavalo branco.

Ogum Rompe-Mato: Ligado a Oxossí, cuida das entradas das matas e florestas, usa Verde escuro e Vermelho, uma espada de São Jorge na mão, alguns usam fitas na cabeça.

Ogum Sete-Espadas: Ligado a energia pura de Ogum, vibra com Ogum Matinata, usa uma espada na mão e outras seis cruzadas na capa, Usa vermelho e prata.

Ogum Sete-Ondas: Vibra com Ogum Beira-Mar, trabalha nas ondas do mar,ligado a Iemanjá usa Azul Royal e Vermelho, se veste com capacete de conchas.

Ogum das Pedreiras: Guarda as pedreiras de Xangô de armadura dourada e penas marrons, vibra com Ogum de Lei quase não se desloca grande executor não aceita ordens.

Ogum Caiçara: Vibra com Ogum Yara, usa Vermelho e Azul bebê, se desloca pelo templo cuida do fundo da foz dos Rios.

Ogum do Oriente: Vibra com Ogum Malê, coms ligações arábes traz um turbante, vibra com as cores vemelho, branco e dourado.

Ogum de Ronda: Trabalha com Ogum Megê trabalha nas entradas da Calunguinha, corre sua ronda a Meia-Noite.Usa Preto, Vermelho e Verde. Trás cruz de Malta no peito.

Ogum das Matas: Usa Verde e Branco são espíritos Indigênas, usam espadas e bradam muito.

Ogum Sete-Lanças: Ligado a Ogum Matinata e Sete-Espadas usa vermelho apenas,  roda cruzando o terreiro.

Ogum Sete-Mares: Ligado a Ogum Beira-Mar e Ogum Sete-Ondas, cuida dos Mares usa azul bem escuro e vermelho.

Ogum de Ouro: Trabalha com Ogum de Lei e Ogum das Pedreiras, Usa Vermelho e Amarelo. Vibra com Iansã.

Ogum Menino: Vem com Ogum Yara e Ogum Caiçara trabalha nos lajeados e barrado de corais. Usa Vermelho e Azul.

Ogum da Lua: vibra com Ogum Malê e Ogum do Oriente, trabalha nas vibrações lunares, nos campos abertos do Humaitá. Usa Vermelho e branco.

Ogum Xoroquê: Trabalha com Ogum Megê e Ogum de Ronda vibra muito com Exu, ligado a obaluae tbm, é o Ogum mais negativo. Usa Preto, Vermelho e Branco.

Ogum dos Rios: Trabalha com Ogum Rompe-Mato e Ogum das Matas usa verde Agua e vermelho apesar do nome trabalha nas Pontes.

Além desses ainda existem outros Oguns: Ogum Naruê (Trabalha na calunguinha), Ogum da Estrada (Trabalha na estrada), Ogum Rompe Folha (Trabalha na Mata) Ogum Bandeira (Trabalha no Humaitá), Ogum Gererê (Ligado a Xangô).

terça-feira, 18 de março de 2014

18/03/2014 - 21 DE MARÇO - DIA INTERNACIONAL DE COMBATE A DISCRIMINAÇÃO RACIAL

Dia 21 de março celebra-se o Dia Internacional de Combate à Discriminação Racial. A data foi instituída em 1976 pela Organização das Nações Unidas para lembrar o triste episódio do massacre de Shaperville, na África do Sul, durante o regime do apartheid. Em 1960, nesta data, 69 negros foram assassinados e outros 186 feridos gravemente pela polícia por estarem prostestando contra a exigência do “passe” para circular livremente nas regiões hegemonizadas pela minoria branca.
Passou-se mais de cinquenta anos depois deste episódio, o regime do apartheid não vigora mais na África do Sul, o mundo mudou muito desde então, mas o racismo continua no centro da agenda política global. Ele é evidenciado no crescimento das manifestações de cunho nazifacista na Europa e, por aqui, em episódios como o trote racista de alunos do curso de Direito na Universidade Federal de Minas Gerais.
Um aspecto importante a ser considerado na reconfiguração do racismo nos dias de hoje está na mudança do cenário político-econômico. As condenações internacionais ao regime do apartheid nos anos 1960 e 1970, a luta pela emancipação das nações do continente africano, o movimento dos direitos civis nos EUA, entre outras experiências, aconteciam em um cenário do mundo bipolar, em que o capitalismo se via “ameaçado” pela opção socialista, em que ex-colônias se emancipavam e buscavam construir seus projetos de Estado-Nação, em que o capital buscava construir e incorporar novos mercados para escoar a sua produção crescente.
Nos países de riqueza intermediária, como o Brasil, que experimentaram processos de modernização industrial rápida sob o controle do capital transnacional, houve a incorporação de parcelas de afrodescendentes no mercado formal de trabalho, ampliando a presença negra na classe trabalhadora. Isto deu a falsa impressão de criação de uma “classe média negra” (a confusão de ampliação da classe trabalhadora com o aumento de uma classe média foi criticada aqui pela filósofa Marilena Chauí).
Das rápidas mudanças nos anos 1990 destacamos: a derrota do bloco “socialista”, a contra-revolução conservadora do neoliberalismo e a implantação de um circuito de ordenamento global do capitalismo.  Neste circuito, territórios nacionais se especializaram e se hierarquizaram em determinadas funções fazendo com que a “formação social global do capitalismo” articulasse lugares de produção com alta sofisticação tecnológica (concentrando recursos informacionais e materiais) com outros em que os sistemas produtivos se aproximam de lógicas escravagistas.
Esta formação social capitalista global articula, por exemplo, a sofisticação tecnológica da produção e concepção de um aparelho celular de última geração (que demanda uma mão de obra qualificada e manutenção de centros de pesquisa de ponta) com a extração do tântalo e tungstênio por crianças exploradas por verdadeiros grupos mafiosos na República Democrática do Congo que, inclusive, protagonizam uma guerra civil. (cliqueaqui para ler). Internamente no Brasil observa-se fenômeno semelhante com a articulação do trabalho escravo com grandes conglomerados comerciais e industriais.
Por isto, que a luta contra o racismo nos tempos atuais ocorre dentro de um contexto de resistência ao capitalismo neoliberal e na construção de uma nova perspectiva societária. A procura de alternativas societárias que se observa em algumas nações no continente latino-americano que tem em comum o questionamento a submissão a esta ordem global do capitalismo (em maior ou menor grau) é de grande importância para ser discutida no movimento anti-racista. Em outras palavras, o combate ao racismo tem natureza, antes de tudo, política e ideológica. Fora disto, como disse o pensador jamaicano Stuart Hall, não terá qualquer importância.

18/03/2014 - JUREMA SAGRADA

UMA CIÊNCIA CHAMADA JUREMA

Pelo formação do nosso ilê, o vodun está enraizado em nossa cultura, logo é bastante comum o culto a jurema, através dos espíritos em suas linhas falangeiras

A Jurema era denominada originalmente de CAATIMBÓ (fumaça do cachimbo) hoje em dia não se usa, pois, o termo foi deturpado e é generalizado como a feitiçaria e bruxaria malefício.

A ciência, para o discípulo de jurema é uma sabedoria que toda pessoa possui e que foi dada por Deus, mas que esta adormecida na maioria das pessoas, quando a pessoa desperta essa sabedoria adormecida, através de rituais de confirmação, consagração, encimentação se diz que essa pessoa tem ciência.

Essa ciência permite ao Juremeiro entrar em contato com o mundo invisível e desse contato promover significantes modificações em destinos e auxiliar a modificações nos destinos de outras pessoas, tais como: restabelecer a saúde, prosperidade financeira, felicidade amorosa e desenvolvimento da espiritualidade que cada pessoa possui em sua essência.

O juremeiro vê alem da forma material que as coisas possuem. Ele sabe que todas as coisas e acontecimentos possuem a sabedoria divina e passa a aprender conscientemente a lidar com elas obtendo a chamada felicidade interior.

O chão, os rios, s lagoas, as fontes De águas, as matas, os animais, a chuva, o vento, o mar, o ar que respira, o alimento que ingere, os” antepassados, e as pessoas vivas são sagrados para o juremeiro.

Um autentico juremeiro se torna uma seta no caminho das pessoas indicando uma vida melhor no meio de tanta contradição que existe no mundo. Não interfere na vida das pessoas, mas quando é solicitado pode colaborar no bem estar que as pessoas procuram. O que simboliza o caatimbó é a arvore jurema, que para os catimbozeiros é um símbolo de força e de energia e poder.

Da árvore jurema se retira sementes para encimentação de novos discípulos, o tronco para levantar no mundo material a representação do mestre do invisível e prepara com a raiz uma bebida de força chamada, dependendo do lugar de CAUIM, JUREMA, MESTRE, e CIÊNCIA. 

AS FALANGES ESPIRITUAIS DA JUREMA

Os Mestres e Mestras: São espíritos dos antepassados, pessoas que quando vivas cultuavam a Jurema e que depois de desencarnarem trabalham nas sessões de jurema. São extremamente elevados e de grande sabedoria. Exemplo: Mestre Malunguinho (maioral do ilê), Zé Pilintra (ou Filintra), Manoel Quebra Pedra, Tertuliano, Sibamba, Boaideiro, Junqueiro, Mestra Ritinha, Luziara, Paulina, Juvina, Do Carmo, entre tantos outros.
Os mestres e as mestras são de dois tipos: os trabalham na direita ou sendo o que executam trabalhos de construir, e os que trabalham na esquerda que são os responsáveis por destruir certas situações.

Caboclos: São espíritos mistos de índios com brancos e geralmente são todos oriundos do norte e nordeste do Brasil.

Os Boiadeiros e Vaqueiros: Espíritos sertanejos ligados ao interior do nordeste, havendo algumas exceções quanto a espíritos que vem de 4 outras regiões do pais e do mundo, são ligados a vaquejar gado.

Os Ciganos: Espíritos errantes que tem atuação nos trabalhos de magia Européia e Oriental, são juremeiros somente aqueles que foram para o nordeste e teve contatos com os índios.

Os Pretos Velhos: Antigos rezadores do Brasil de descendência africana, são os mais antigos zeladores dos orixás, são antigos escravos negros, são de grande sabedoria, muito são chamados de avô e avó.

Exu e Pomba Gira de Catiço: Cada pessoa tem pelo menos um Exú que age e está perto dela desde o dia do seu nascimento; o chamado Bará ou Elegbará ou ainda Exú do Corpo. Depois, tem também pelo menos uma Pombagira, que não sendo verdadeiramente um Exú, assume o lado feminino.

Cada Exú tem assim a sua parte feminina ou contrapartida, que na verdade são a mesma Energia sob aparências distintas, temos assim:

Exú Rei das Encruzilhadas / Pombagira Rainha das Encruzilhadas;
Exú das Matas / Pombagiras das Matas;
Exú Giramundo / Pombagira Giramundo;
Exú do Cravo Vermelho / Pombagira da Rosa Vermelha;
Exú Mulambo / Pombagira Maria Mulambo;
Exú Sete Capas / Pombagira Sete Saias;
Exú 7 Estrelas / Pombagira 7 Estrelas; etc.

A CIDADE DA JUREMA (ELEMENTO E COMPOSIÇÃO)

A cidade da jurema e um dos doze reinos na qual o mestre que foi consagrado pertence ele na verdade é um altar composto e organizado da seguinte forma:

Princesa mestra: A Direita do Mestre / Caboclo É uma taça ou bomboniere de cristal com água. Serve para tranqüilizar e equilibrar a ciência no fundo e um cristal de torre para que aja simpatia, com exceção do reino das covas de Salomão.

Ao redor do príncipe mestre ficam sete príncipes (copos) ou sete princesas (taças) cada um tem um significado especifico para jurema.

A frente do conjunto dos príncipes e princesas fica o castiçal de três bocas,
Onde se acende três velas brancas que são os três generais da jurema o da esquerda e o da guarda das almas, o do centro é o guarda da cidade espiritual do discípulo, a da direita é o da guarda das matas de onde vem a ciência do juremeiro.

Ao lado direito fica o bodoque dos caboclos, com uma quartinha d’água usada para abrir os caminhos para as pessoas.

Ao lado esquerdo fica o cruzeiro de luz que simboliza as almas dos mestres com seu rosário para a solução dos problemas. Também fazem parte da cidade, Uma campa (sino) par as evocações.

Uma garrafa de cauim (jurema) que desperta a ciência e atrai o espírito.

Uma garrafa de mironga de cabeça para a purificação.

Três ofertórios um com mel outro com vinho e o outro com incenso.

Uma garrafa de água benzida para livrar das perturbações.

A marca mestra que é uma maraca com feita de cabaça para as louvações são duas a da esquerda e a da direita.

A marca cachimbo de jurema dependendo da ciência para armazenar e enviar recados, um para esquerda e outro para a direita.

A mistura para cachimbo, fumo, erva doce, alfazema, alecrim, âniz estrelado.

Esses Elementos Básico, e que compõem a mesa da Jurema. Sendo que a Esquerda do Caboclo e a Esquerda do Mestre fica escondido de baixo da Mesa e ou um lugar sendo o acesso somente ao Padrinho Mestre, Madrinha de Vela, Juremeiro dono da Corrente, e ou o Guardião da Jurema.

Esses reinos pertence aos primeiros juremeiro, os que iniciaram o culto da jurema. 

Fazem parte desse reino as Caiporas, que são encantados da família de Florzinha e os Curupiras, ambos são muito temperamentais. 

Daí o motivo desse reino ter vários curandeiros, casamenteiros, violeiros, rezadores, parteiras, praticam a magia imitativa e simpática.

Obs.: Reis, Rainhas, príncipes, princesas, encantados da mata, e fidalgos do tempo do Brasil Colônia. 

Cidade (aldeia) Estrela Dalva. Reino do Vajucá (Atividade) Este reino se localiza ao nascer do dia na direção ao norte, depois ele perde o contato. É um reino de muitos mestres do Rio Grande do Norte e redondezas, com grande afluência de caboclos e pretos velhos, existem grandes conhecedores de plantas medicinais neste reino. É um reino ligado aos caboclos sérios e caboclos bravos. É um reino constituído de grandes florestas e caatingas tribos inteiras moram nesta matas. 

A HISTÓRIA DOS MESTRES

1. Malunguinho - Rei do Quilombo do Catucá:

Líder quilombola mais temido em Pernambuco nas primeiras décadas do século 19, o negro Malunguinho é dono de uma história singular, porém praticamente anônima. Basta dizer que o Conselho de Governo, principal órgão consultivo da província e que deu origem à Assembléia Legislativa, gastou uma reunião inteira discutindo um possível ataque dos escravos refugiados na Floresta do CATUCÁ (Mata Norte, entre Recife e Goiana) ao Recife. A suposta invasão aconteceria em 1827, comandada por Malunguinho.

Mestre João, que entrou para a historia conhecido como Mestre Malunguinho (de "MALUNGO"- "companheiro de viagem") , viveu em Pernambuco na primeira metade do século XIX, quando foi chefe (Rei) do quilombo do CATUCA´. Como "irmão do quilombo" foi libertador de muitos de seus irmãos que viviam no cativeiro das senzalas. Era temido por todos os senhores brancos e dizia a lenda que ele tinha uma chave mágica que abria todas as correntes, todas as senzalas. 

Era respeitado por seu povo como rei de enorme sabedoria, herói, guerreiro e libertador...Não haviam caminhos fechados para MALUNGUINHO...Grande rei e sacerdote do povo BANTU. 

A tradição do TOREH nos conta que quando o exercito invadiu o quilombo do CATUCÁ, Malunguinho foi ferido, mas não foi capturado. Foi abrigado, quase a beira da morte, pelos índios, os quais curaram seus ferimentos, e entre os quais ele passou a viver por muitos anos. Foi nesse período que Mestre João – Malunguinho teve seu reencontro com a JUREMA SAGRADA, assumindo a missão que lhe estava reservada, pela Força Superior, no ADJUNTO DA JUREMA, foi reconhecido em seu tempo como o maior entre todos os JUREMEIROS, cumpriu honrosamente sua missão de MESTRE e LIBERTADOR, não só libertador dos negros escravos presos nas senzalas mas sobretudo um LIBERTADOR DE ESPIRITOS , espíritos aprisionados ate´ então no cativeiro espiritual da ignorância e da ilusão; libertou muitos cativos, com a chave mágica do AJUCA, voltando-os em direção a LUZ para seguirem firmes dentro do caminho da JUREMAÇAO. Para cumprir esta missão MESTRE JOÃO (MESTRE MALUNGUINHO) recebeu, uma vez mais, sob a ACACIA JUREMA, a posse da Chave dos Mistérios, e com ela conduziu exemplarmente seus discípulos dentro da JUREMA, como MESTRE-GUIA, restaurando a pureza do culto, o qual estava bastante ressentido da falta de um verdadeiro MESTRE ENCARNADO naquele tempo. 

MALUNGUINHO não é, simplesmente como muitos pensam, "o exu da jurema", na verdade MALUNGUINHO, MESTRE JOAO, o "REI DAS MATAS”, e uma manifestação do espírito de CARIDA, é o MESTRE-GUIA, o guardião, o que tem a Chave-Mestra da JUREMA, a qual recebeu de TOREH "JERUBARI" como um poder de realizar a Sua obra na Terra. 

Com MALUNGUINHO, a luz capital do ADJUNTO DA JUREMA, a qual havia se ocultado no oriente, firmou-se fortemente desde o seu caminho de volta ao ocidente, pelo caminho do SOL. A trajetória de Malunguinho em muitos pontos identifica-se de forma misteriosa , `a trajetória de outros destacamentos emissários da luz da Acácia no Oriente....como, por exemplo, MOISES, o qual também levou a cabo a missão de reunir o seu povo disperso, livrando-o do cativeiro e da escravidão, para levá-los novamente ao caminho da Luz. 

Aqueles que já tiverem lido cuidadosamente a Bíblia, ou a TORAH, devem se recordar que o grande SENHOR do Universo apresentou-se a MOISES numa ACACIA, numa JUREMA, o que não é, nem nunca foi uma simples coincidência; Interessante notar que muitos dos ensinamentos de MOISES com relação ao Culto da ACÁCIA passaram aos nativos da África, especialmente aos BANTOS, antepassados de Malunguinho, através de JETRO, sogro de Moises, e grande iniciado nos Mistérios da ACÁCIA. 

Nos documentos da polícia não há registro da morte ou captura de Malunguinho. O quilombo foi dizimado por volta de 1830. 

" MALUNGUINHO, O´ MALUNGUINHO,CABOCLO INDIO AFRICANO, SALVE O MESTRE DA JUREMA, OS SEUS FILHOS TAO CHAMANDO. MALUNGUINHO, O´ MALUNGUINHO, CABOCLO INDIO RIÁ ABRE AS PORTAS DA JUREMA SETE PEDRA IMPERIA COM A CHAVE DE SALOMAO E O AGO CELESTIA´ " 


2. Mestre Zé Pelintra (Pai de Zé Filintra)

José dos Anjos, nascido no interior de Pernambuco, era um negro forte e ágil, grande jogador e bebedor, mulherengo e brigão. Manejava uma faca como ninguém, e enfrentá-lo numa briga era o mesmo que assinar o atestado de óbito. Os policiais já sabiam do perigo que ele representava. Dificilmente encaravam-no sozinhos, sempre em grupo e mesmo assim não tinham a certeza de não saírem bastante prejudicados das pendengas em que se envolviam.

Não era mal de coração, muito pelo contrário, era bondoso, principalmente com as mulheres, as quais tratava como rainhas.

Sua vida era a noite. Sua alegria, as cartas, os dadinhos a bebida, a farra, as mulheres e por que não, as brigas. Jogava para ganhar, mas não gostava de enganar os incautos, estes sempre dispensava, mandava embora, mesmo que precisasse dar uns cascudos neles. Mas ao contrário, aos falsos espertos, os que se achavam mais capazes no manuseio das cartas e dos dados, a estes enganava o quanto podia e os considerava os verdadeiros otários. Incentivava-os ao jogo, perdendo de propósito quando as apostas ainda eram baixas e os limpando completamente ao final das partidas. Isso bebendo aguardente e outros alcoólicos que aparecessem.

No Nordeste, mas precisamente em Recife ele é considerado um doutor, é curador, é Mestre e é muito respeitado. Em poucas reuniões não aparece seu Zé. 

Na Jurema, Seu Zé, não tem a menor conotação de Exu, a não ser quando a reunião é de esquerda, por que o Mestre tem essa capacidade. Tanto pode vir na direita ou na esquerda. Quando vem na esquerda, não é que venha para praticar o mal, é justamente o contrário, vem revestido desse tipo de energia para poder cortá-la com mais propriedade e assim ajudar mais facilmente aos que vem lhe rogar ajuda.

No Catimbó, Seu Zé usa bengala, que pode ser qualquer cajado, fuma cachimbo e bebe todo tipo de bebida como dito acima, com preferência para a cachaça / whisky e o vinho tinto. Dança côco, baião e xaxado, sorri para as mulheres, abençoa a todos, que o abraçam e o chamam de padrinho. É junto com Zé Malunguinho e Zé Sibamba um dos mestres mais conhecidos na Jurema, quase em todo terreiro do Brasil tem ao menos um filho de Zé Pelintra.

Zé Pelintra por ter cumprindo seu papel espiritual na terra, não desce mais para trabalhar deixando a cargo de sua falange seu filho conhecido como Zé Felintra, também conhecido como Zé dos Anjos.

A muitas outras historias sobre seu Zé Pelintra, algumas contam de suas andanças pela Cidade do Cabo (região Metropolitana do Recife) onde freqüentava os bares e por lá teria conhecido seu Tertuliano, outro mestre da Jurema Sagrada.

3. Mestre Sibamba

Mestre Sibamba é uma entidade, onde sua história de vida relata as épocas da época da Brasil Império (Século XIX), veio de Portugal para o Ceará ainda criança.

Ao chegar aqui no Brasil, durante período de longa seca perdeu a mãe sendo criado pelo seu pai, que era dono de um bar.

O Pai de Sibamba era alcoólatra e tendo Sibamba apenas dois anos de idade, o pai, na intenção de matá-lo, diariamente embriagava Sibamba, porém ao invés de morrer Sibamba se adaptou ao álcool e, portanto se tornando um bebedor de primeira. Já Adulto o pai faleceu e ele assumiu o bar. 

Por costume Sibamba bebia muito, mas nesta altura já era um grande catimbozeiro, culto fortemente enraizado no Nordeste, trazido pelos negros e agregados aos cultos indígenas e outros costumes, da miscigenação cultural do nosso País. Na linha Nagô, que significa "Rei de Magias", ele sabia usar as ervas para banhos de cura, fazia partos (era um ótimo parteiro) tirava costelas montadas, rezava as crianças de mal olhados e tudo mais.

Então Sibamba ficou conhecido como o maior juremeiro do Ceará. Com toda a fama que fizera despertou de alguns inveja e despeito, quando descobriram que montaram uma cilada para matar Sibamba. Como ele gostava de beber, fizeram uma festa em um cabaré e o embebedaram tanto até ele cair. 

Porém Sibamba alem de catimbozeiro era forte e destemido, e para matá-lo foram necessário muitos homens.

Com o passar do tempo e sua evolução na doutrina espiritual da Jurema, Sibamba designado pelos superiores para trabalhar na linha de Mestre, sendo considerado um dos maiores e respeitados até hoje. Sibamba como outros trabalham na falange de Zé, entre eles estão Zé Pelintra, Zé Malunguinho, Zé Pretinho, entre outros.

4. Outros Mestres e Mestras da Jurema:

Mestra Maria do Acaís (Maria Gonçalves de Barros)
Mestre José Anjos ou Zé Filintra
Mestre Major do Dia 
Mestre Cabeleira (Dom José do Vale) 
Mestre Zezinho do Acais
Mestre Cangaruçu
Mestra Princesa Leusa
Mestra Maria Luziara
Mestra Joana Pé de Chita (Joana Malhada)
Mestra Rita Bagaceira
Mestra Paulina
Mestra Damiana Guimarães
Mestre Emanoel Maior (Emanoel Cavalcante de Albuquerque) 
Mestre Manoel Cadete
Mestre Marechal Campo Alegre
Mestre Arcoverde
Mestre Tertuliano
Mestra Ritinha
Mestra Piorra
Mestre Carlos Velho (José Carlos Gonçalves de Barros)
Mestra Maria Solomona
Mestra Judith do Barracão
Mestre Antônio Macieira
Mestre Eron
Mestre Cesário
Mestra Jardecilia ou Zefa de Tiíno
Mestre Tandá
Mestra Izabel
Mestre Zé Quati
Mestre Casteliano Gonçalves
Mestra Fortunata do Pina (Baiana do Pina)
Mestre Nêgo do Pão
Mestra Maria Magra
Mestre Candinho
Mestre Manoel Quebra Pedra
Mestre Zé Pretinho
Mestre Zé Moleque
Mestre Durval
Mestre Pilão
Mestra Juvina
Mestre Galo Preto
Mestre Aroeira
Mestre Junqueiro (ou Mestre da Lagoa do Rancho)

Entre outros tantos cultuados pelo País a Fora