sexta-feira, 25 de julho de 2014

Lei Contra a Intolerancia Religiosa - Lei 11635/07 | Lei nº 11.635, de 27 de dezembro de 2007

Lei Contra a Intolerancia Religiosa - Lei 11635/07 | Lei nº 11.635, de 27 de dezembro de 2007



O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1o Fica instituído o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa a ser comemorado anualmente em todo o território nacional no dia 21 de janeiro. Ver tópico
Art. 2o A data fica incluída no Calendário Cívico da União para efeitos de comemoração oficial. Ver tópico
Art. 3o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Ver tópico
Brasília, 27 de dezembro de 2007; 186o da Independência e 119o da República.
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA


Lei 7.716 define os crimes de preconceito racial.

Criada há 25 anos a Lei 7.716 define os crimes de preconceito racial. A legislação determina a pena de reclusão a quem tenha cometido atos de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional. Apesar da mudança no papel, os negros no Brasil ainda sofrem racismo e frequentemente se vêem em situação de discriminação.
Sancionada em janeiro de 1989, a lei determina punição a quem comete crime de discriminação racial. Pessoas que incitarem a discriminação e o preconceito também podem ser punidas.
A lei que define crimes de racismo regulamentou o trecho da Constituição Federal que torna inafiançável e imprescritível o crime de racismo.
Segundo a recente Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios (PNAD), divulgada em 2013, 104,2 milhões de brasileiros são pretos e pardos, o que corresponde a mais da metade da população do país (52,9%).
As diferenças raciais aparecem em praticamente todos os indicadores. No caso da violência, por exemplo, a possibilidade de um adolescente negro ser vítima de homicídio é 3,7 vezes maior do que a de um branco, de acordo com estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
De 1989 para cá, outras leis importantes na luta contra o preconceito racial foram criadas no Brasil, como o Estatuto da Igualdade Racial (2010) e a Lei de Cotas (2012).
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quinta-feira, 24 de julho de 2014

23/07/2014- MOVIMENTO POLITICO UMBANDISTA


Somos uma sociedade democrática e defendemos a democracia através do voto, manifestado pela opinião pública. Somos defensores da democracia espiritualista, da qual impera a razão e a consciência do Amor cósmico  manifestado na prática caritativa.
A diretoria do Movimento Político Umbandista defende a causa do Humanismo, onde o ser humano é sempre colocado em primeiro lugar, independentemente de ideologia política.
O Movimento Político Umbandista é uma instituição de iniciativa política, que busca o estudo e a pesquisa, fundamentando o seu pensamento no ideal Humanista e Solidário, iluminado pela Doutrina Espiritual Social através dos ensinamentos de Mestre Jesus Cristo e dos Cultos de Nação, inspirado nos textos da Declaração Universal dos Direitos Humanos e na Carta da Constituição da Organização das Nações Unidas, que exalta a dignidade de todas as pessoas.

Através destas diretrizes, a diretoria do M.P.U. (Movimento Político Umbandista), com o propósito de agregar forças em favor da Umbanda, do Candomblé e de todas as religiões ligadas à espiritualidade, vemCONVIDAR todos os irmãos religiosos para nos unirmos na luta pela igualdade de direitos e pela melhoria do nosso trabalho espiritual e social. É necessário ressaltar que para sermos reconhecidos e respeitados dentro de nossas crenças, e para podermos atuar como religioso, sem a retração que comumente ocorre, existe a necessidade de nos articularmos, chamando todas as vertentes para uma grande reflexão sobre nosso futuro.

A perseguição que se apresenta, muitas vezes contra nós só ocorre por faltar em nosso meio, à organização e vontade de nossos irmãos em se politizar. Religião forte, templos, terreiros, roças, espaços, trabalhando em conjunto uns com os outros, só serão reconhecidos e respeitados pela opinião pública, quando sairmos de nossa casa para ocupar nosso espaço de direito.

Não existe instituição ou órgão federativo ou um simples terreiro que não necessite estar ligado ao poder público. Um cidadão comum necessita ter este acesso. Urge, assim, a necessidade de nos darmos as mãos.
Para isto precisamos que todos que desejam mudanças e igualdade estejam ao nosso lado, fortalecendo nossa causa em prol de todos os irmãos.

Convidamos a todos para se filiarem ao M.P.U., para podermos formar Diretórios Regionais e grupos de Coordenadores, para podermos com maior facilidade saber e entender quais são as necessidades de cada região e assim buscarmos nossos direitos junto aos órgãos competentes.
Sabemos que muitos são contra política, mas sabemos também que só através dela é que conseguiremos modificar e melhorar todos os aspectos ao nosso redor.

Como as eleições para Deputado Estadual e Federal estão se aproximando, precisamos nos fortalecer, para buscar pessoas que lutem pela mesma causa e possam nos representar politicamente.
Este não é o momento de pensar em um, mas sim no todo, no benefício que isto pode trazer para a religião.
É o momento de deixar uma visão estreita e ampliar nossos horizontes para o futuro, entendendo que podemos fazer algo de bom para este povo que é tão carente de respeito, e assim dignificar o Povo de Branco.
O movimento Político Umbandista vem não só CONVIDAR, mas sim CONVOCAR a todos os FILHOS DE OXALÁ, para que venham se filiar e somar nesta causa, que é de todos.
MOVIMENTO POLÍTICO UMBANDISTA
Lutando pelo bem comum!

23/07/2014- CULTURA AFRO-BRASILEIRA

CULTURA AFRO-BRASILEIRA
Denomina-se cultura afro-brasileira o conjunto de manifestações culturais do Brasil que sofreram algum grau de influência da cultura africana desde os tempos do Brasil colônia até a atualidade. A cultura da África chegou ao Brasil, em sua maior parte, trazida pelos escravos negros na época do tráfico transatlântico de escravos. No Brasil a cultura africana sofreu também a influência das culturas europeia (principalmente portuguesa) e indígena, de forma que características de origem africana na cultura brasileira encontram-se em geral mescladas a outras referências culturais. Traços fortes da cultura africana podem ser encontrados hoje em variados aspectos da cultura brasileira, como a música popular, a religião, a culinária, o folclore e as festividades populares. Os estados do Maranhão, Pernambuco, Alagoas, Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul foram os mais influenciados pela cultura de origem africana, tanto pela quantidade de escravos recebidos durante a época do tráfico como pela migração interna dos escravos após o fim do ciclo da cana-de-açúcar na região Nordeste. Ainda que tradicionalmente desvalorizados na época colonial e no século XIX, os aspectos da cultura brasileira de origem africana passaram por um processo de revalorização a partir do século XX que continua até os dias de hoje.

Evolução histórica

Escravos africanos no Brasil, oriundos de várias nações (Rugendas, c. 1830).


De maneira geral, tanto na época colonial como durante o século XIX a matriz cultural de origem europeia foi a mais valorizada no Brasil, enquanto que as manifestações culturais afro-brasileiras foram muitas vezes desprezadas, desestimuladas e até proibidas. Assim, as religiões afro-brasileiras e a arte marcial da capoeira foram frequentemente perseguidas pelas autoridades. Por outro lado, algumas manifestações de origem folclórico, como as congadas, assim como expressões musicais como o lundu, foram toleradas e até estimuladas.
Entretanto, a partir de meados do século XX, as expressões culturais afro-brasileiras começaram a ser gradualmente mais aceitas e admiradas pelas elites brasileiras como expressões artísticas genuinamente nacionais. Nem todas as manifestações culturais foram aceitas ao mesmo tempo. O samba foi uma das primeiras expressões da cultura afro-brasileira a ser admirada quando ocupou posição de destaque na música popular, no início do século XX.
Posteriormente, o governo da ditadura do Estado Novo de Getúlio Vargas desenvolveu políticas de incentivo do nacionalismo nas quais a cultura afro-brasileira encontrou caminhos de aceitação oficial. Por exemplo, os desfiles de escolas de samba ganharam nesta época aprovação governamental através da União Geral das Escolas de Samba do Brasil, fundada em 1934.
Outras expressões culturais seguiram o mesmo caminho. A capoeira, que era considerada própria de bandidos e marginais, foi apresentada, em 1953, por mestre Bimba ao presidente Vargas, que então a chamou de "único esporte verdadeiramente nacional".
A partir da década de 1950 as perseguições às religiões afro-brasileiras diminuíram e a Umbanda passou a ser seguida por parte da classe média carioca[1]. Na década seguinte, as religiões afro-brasileiras passaram a ser celebradas pela elite intelectual branca.
Em 2003, foi promulgada a lei nº 10.639 que alterou a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), passando-se a exigir que as escolas brasileiras de ensino fundamental e médio incluam no currículo o ensino da história e cultura afro-brasileira.

Estudos afro-brasileiros

Bloco afro Ilê Aiyê na Bahia


O interesse pela cultura afro-brasileira manifesta-se pelos muitos estudos nos campos da sociologia, antropologia, etnologia, música e linguística, entre outros, centrados na expressão e evolução histórica da cultura afro-brasileira
Muitos estudiosos brasileiros como o advogado Edison Carneiro, o médico legista Nina Rodrigues, o escritor Jorge Amado, o poeta e escritor mineiro Antonio Olinto, o escritor e jornalista João Ubaldo, o antropólogo e museólogo Raul Lody, entre outros, além de estrangeiros como o sociólogo francês Roger Bastide, o fotografo Pierre Verger, a pesquisadora etnóloga estadunidense Ruth Landes, o pintor argentino Carybé, dedicaram-se ao levantamento de dados sobre a cultura afro-brasileira, a qual ainda não tinha sido estudada em detalhe
Alguns infiltraram-se nas religiões afro-brasileiras, como é o caso de João do Rio, com esse propósito; outros foram convidados a fazer parte do Candomblé como membros efetivos, recebendo cargos honorificos como Obá de Xangô no Ilê Axé Opô Afonjá e Ogan na Casa Branca do Engenho Velho, Terreiro do Gantois, e ajudavam financeiramente a manter esses Terreiros.
Muitos sacerdotes leigos em literatura se dispuseram a escrever a história das religiões afro-brasileiras, recebendo a ajuda de acadêmicos simpatizantes ou membros dos candomblés. Outros, por já possuírem formação acadêmica, tornaram-se escritores paralelamente à função de sacerdote, como é caso dos antropólogos Júlio Santana Braga e Vivaldo da Costa Lima, as Iyalorixás Mãe Stella e Giselle Cossard, também conhecida como Omindarewa a francesa, o professor Agenor Miranda, a advogada Cléo Martins e o professor de sociologia Reginaldo Prandi, entre outros.
Os negros trazidos da África como escravos geralmente eram imediatamente batizados e obrigados a seguir o Catolicismo. A conversão era apenas superficial e as religiões de origem africana conseguiram permanecer através de prática secreta ou o sincretismo com o catolicismo.
Algumas religiões afro-brasileiras ainda mantém quase que totalmente suas raízes africanas, como é o caso das casas tradicionais de Candomblé e do Xangô do Nordeste; outras formaram-se através do sincretismo religioso, como o Batuque, o Xambá e a Umbanda. Em maior ou menor grau, as religiões afro-brasileiras mostram influências do Catolicismo e da encataria europeia, assim como da pajelança ameríndia[4]. O sincretismo manifesta-se igualmente na tradição do batismo dos filhos e o casamento na Igreja Católica, mesmo quando os fiéis seguem abertamente uma religião afro-brasileira.
Já no Brasil colonial os negros e mulatos, escravos ou forros, muitas vezes associavam-se em irmandades religiosas católicas. A Irmandade da Boa Morte e a Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos foram das mais importantes, servindo também como ligação entre o catolicismo e as religiões afro-brasileiras. A própria prática do catolicismo tradicional sofreu influência africana no culto de santos de origem africana como São Benedito, Santo Elesbão, Santa Efigênia e Santo Antônio de Noto (Santo Antônio de Categeró ou Santo Antônio Etíope); no culto preferencial de santos facilmente associados com os orixás africanos como São Cosme e Damião (ibejis), São Jorge (Ogum no Rio de Janeiro), Santa Bárbara (Iansã); na criação de novos santos populares como a Escrava Anastácia; e em ladainhas, rezas (como a Trezena de Santo Antônio) e festas religiosas (como a Lavagem do Bonfim onde as escadarias da Igreja de Nosso Senhor do Bonfim em Salvador, Bahia são lavadas com água de cheiro pelas filhas-de-santo do candomblé).
As igrejas pentencostais do Brasil, que combatem as religiões de origem africana, na realidade têm várias influências destas como se nota em práticas como o batismo do Espírito Santo e crenças como a de incorporação de entidades espirituais (vistas como maléficas). Enquanto o Catolicismo nega a existência de orixás e guias, as igrejas pentencostais acreditam na sua existência, mas como demônios.
Segundo o IBGE, 0,3% dos brasileiros declaram seguir religiões de origem africana, embora um número maior de pessoas sigam essas religiões de forma reservada.
Inicialmente desprezadas, as religiões afro-brasileira foram ou são praticadas abertamente por vários intelectuais e artistas importantes como Jorge Amado, Dorival Caymmi, Vinícius de Moraes, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Maria Bethânia (que freqüentavam o terreiro de Mãe Menininha), Gal Costa (que foi iniciada para o Orixá Obaluaye), Mestre Didi (filho da iyalorixá Mãe Senhora), Antonio Risério, Caribé, Fernando Coelho, Gilberto Freyre e José Beniste (que foi iniciado no candomblé ketu).

Filhas-de-santo do Terreiro Ilê Axé Opô Afonjá na Bahia


Religiões afro-brasileiras
  • Babaçuê - Pará
  • Batuque - Rio Grande do Sul
  • Cabula - Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Santa Catarina
  • Candomblé - Em todos estados do Brasil
  • Culto aos Egungun - Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo
  • Culto de Ifá - Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo
  • Macumba - Rio de Janeiro
  • Omoloko - Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo
  • Quimbanda - Rio de Janeiro, São Paulo
  • Tambor-de-Mina - Maranhão
  • Terecô - Maranhão
  • Umbanda - Em todos estados do Brasil
  • Xambá - Alagoas, Pernambuco
  • Xangô do Nordeste - Pernambuco
  • Confraria
  • Irmandade dos homens pretos
  • Sincretismo

Arte

Tecelã do terreiro de Candomblé Ilê Axé Opô Afonjá, Salvador, Bahia


O Alaká africano, conhecido como pano da costa no Brasil é produzido por tecelãs do terreiro de Candomblé Ilê Axé Opô Afonjá em Salvador, no espaço chamado de Casa do Alaká. Mestre Didi, Alapini (sumo sacerdote) do Culto aos Egungun e Assògbá (supremo sacerdote) do culto de Obaluaiyê e Orixás da terra, é também escultor e seu trabalho é voltado inteiramente para a mitologia e arte yorubana.[6] Na pintura foram muitos os pintores e desenhistas que se dedicaram a mostrar a beleza do Candomblé, Umbanda e Batuque em suas telas. Um exemplo é o escultor e pintor argentino Carybé que dedicou boa parte de sua vida no Brasil esculpindo e pintando os Orixás e festas nos mínimos detalhes, suas esculturas podem ser vistas no Museu Afro-Brasileiro e tem alguns livros publicados do seu trabalho. Na fotografia o francês Pierre Fatumbi Verger, que em 1946 conheceu a Bahia e ficou até o último dia de vida, retratou em preto e branco o povo brasileiro e todas as nuances do Candomblé, não satisfeito só em fotografar passou a fazer parte da religião, tanto no Brasil como na África onde foi iniciado como babalawo, ainda em vida iniciou a Fundação Pierre Verger em Salvador, onde se encontra todo seu acervo fotográfico.

Culinária
A feijoada brasileira, considerada o prato nacional do Brasil, é frequentemente citada como tendo sido criada nas senzalas e ter servido de alimento para os escravos na época colonial. Atualmente, porém, considera-se a feijoada brasileira uma adaptação tropical da feijoada portuguesa que não foi servida normalmente aos escravos. Apesar disso, a cozinha brasileira regional foi muito influenciada pela cozinha africana, mesclada com elementos culinários europeus e indígenas.
A culinária baiana é a que mais demonstra a influência africana nos seus pratos típicos como acarajé, caruru, vatapá e moqueca. Estes pratos são preparados com o azeite-de-dendê, extraído de uma palmeira africana trazida ao Brasil em tempos coloniais. Na Bahia existem duas maneiras de se preparar estes pratos "afros". Numa, mais simples, as comidas não levam muito tempero e são feita nos terreiros de candomblé para serem oferecidas aos orixás. Na outra maneira, empregada fora dos terreiros, as comidas são preparadas com muito tempero e são mais saborosas, sendo vendidas pelas baianas do acarajé e degustadas em restaurantes e residências.

Música e dança
A música criada pelos afro-brasileiros é uma mistura de influências de toda a África subsaariana com elementos da música portuguesa e, em menor grau, ameríndia, que produziu uma grande variedade de estilos.
A música popular brasileira é fortemente influenciada pelos ritmos africanos. As expressões de música afro-brasileira mais conhecidas são o samba, maracatu, ijexá, coco, jongo, carimbó, lambada, maxixe, maculelê
Como aconteceu em toda parte do continente americano onde houve escravos africanos, a música feita pelos afro-descendentes foi inicialmente desprezada e mantida na marginalidade, até que ganhou notoriedade no início do século XX e se tornou a mais popular nos dias atuais.
Instrumentos afro-brasileiros:
  • Afoxé
  • Agogô
  • Atabaque
  • Berimbau
  • Tambor

23/07/2014- TIPOS DE UMBANDA

TIPOS DE UMBANDA

UMBANDA MIRIM

Outros nomes:
É também conhecida como Umbanda Esotérica e Iniciática, Aumbandã e Escola da Vida.
Origem:
É a vertente fundamentada pelo Caboclo Mirim através do seu médium Benjamin Gonçalves Figueiredo (26/12/1902 – 03/12/1986), surgida no Rio de Janeiro, RJ, em 13/03/1924, com a fundação da Tenda Espírita Mirim.
Foco de divulgação:
Os principais focos de divulgação dessa vertente são:
a Tenda Espírita Mirim (matriz e filiais); e o Primado de Umbanda, fundado em 1952.
Orixás:
Nesta vertente não existe o culto aos santos católicos e os Orixás foram reinterpretados de maneira totalmente distinta das tradições africanas, não havendo nenhuma vinculação dos mesmos com elas. Considera a existência de nove Orixás: Oxalá, Ogum, Oxóssi, Xangô, Obaluaiê, Iemanjá, Oxum, Iansã e Nanã.
Linhas de trabalho:
Considera a existência de sete linhas de trabalho: de Oxalá, de Iemanjá (onde inclui Iemanjá, Oxum, Iansã, Nanã), de Ogum, de Oxóssi, de Xangô, das Crianças e de Yofá (onde agrupa os Pretos-Velhos e as Pretas-Velhas).
Entidades:
Os trabalhos são realizados principalmente por Caboclos(as), Pretos(as)-Velhos(as), Crianças ,e a Exus e Pombagiras.
Ritualística:
A roupa branca com pontos riscados bordados é a única vestimenta usada pelos médiuns durante as giras e encontra-se o uso de fumo, defumadores e a imagem de Jesus Cristo nos trabalhos,sao usados velas, bebidas, atabaques e o uso de guias não são muito usados nas cerimônias, havendo o uso de termos de origem tupi para designar o grau dos médiuns nelas.
Livros doutrinários:
Esta vertente usa os seguintes livros como principais fontes doutrinárias: “Okê, Caboclo”; “O livro dos espíritos”; “O livro dos médiuns”; e “O evangelho segundo o Espiritismo”.

UMBANDA TRADICIONAL

Outros nomes:
É também conhecida como Linha Branca de Umbanda e Demanda, Umbanda Branca e Demanda e Umbanda do Caboclo das Sete Encruzilhadas.
Origem:
É a Umbanda original, fundamentada pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas, por Pai Antônio e Orixá Malet, através do seu médium Zélio Fernandino de Morais (10/04/1891 – 03/10/1975), surgida em São Gonçalo, RJ, em 16/11/1908, com a fundação da Tenda Espírita Nossa Senhora da Piedade.
Foco de divulgação:
O principal foco de divulgação dessa vertente é a Tenda Espírita Nossa Senhora da Piedade.
Orixás:
Nesta vertente existe uma forte vinculação dos Orixás aos santos católicos, sendo que aqueles foram reinterpretados de maneira totalmente distinta das tradições africanas, não havendo nenhuma vinculação dos mesmos com elas. Considera a existência de oito Orixás: Oxalá, Ogum, Oxóssi, Xangô, Iemanjá, Oxum, Iansã e Nanã.
Linhas de trabalho:
Considera a existência de sete linhas de trabalho: de Oxalá (onde inclui as Crianças), de Iemanjá (onde inclui Iemanjá, Oxum e Nanã), de Ogum, de Oxóssi, de Xangô, de Iansã e de Santo ou das Almas (onde inclui as almas recém-desencarnadas, os exus coroados e as entidades auxiliares).
Entidades:
Os trabalhos são realizados principalmente por Caboclos(as), Pretos(as)-Velhos(as) e Crianças e não há giras para Boiadeiros, Baianos, Ciganos, Malandros, Exus e Pombagiras (estes três últimos não são considerados trabalhadores da Umbanda e sim da Quimbanda).
Ritualística:
A roupa branca é a única vestimenta usada pelos médiuns durante as giras e encontra-se o uso de guias, imagens, fumo, defumadores, velas, bebidas e pontos riscados nos trabalhos, porém os atabaques não são utilizados nas cerimônias.
Livros doutrinários:
Esta vertente usa os seguintes livros como principais fontes doutrinárias:
“O livro dos espíritos”; “O livro dos médiuns”; “O evangelho segundo o Espiritismo”; e “O Espiritismo, a magia e as sete linhas de Umbanda”.

UMBANDA KARDECISTA

Outros nomes:
É também conhecida como Umbanda de Mesa Branca, Umbanda Branca e Umbanda de Cáritas.
Origem:
É a vertente com forte influência do Espiritismo, geralmente praticada em centros espíritas que passaram a desenvolver giras de Umbanda junto com as sessões espíritas tradicionais, sendo uma das mais antigas vertentes, porém não existe registro da data e do local inicial em que começou a ser praticada.
Foco de divulgação:
Não existe um foco principal de divulgação dessa vertente na atualidade.
Orixás:
Nesta vertente não existe o culto aos Orixás nem aos santos católicos.
Linhas de trabalho:
Nesta vertente não é utilizada essa classificação das formas de agrupar as entidades.
Entidades:
Os trabalhos de Umbanda são realizados apenas por Caboclos(as), Pretos(as)-Velhos(as) e, mais raramente, Crianças.
Ritualística:
A roupa branca é a única vestimenta usada pelos médiuns durante as giras e não são encontrados o uso de guias, imagens, fumo, defumadores, velas, bebidas e atabaques.
Livros doutrinários:
Esta vertente usa os seguintes livros como principais fontes doutrinárias:
“O livro dos espíritos”; “O livro dos médiuns”; “O evangelho segundo o Espiritismo”; “O céu e o inferno”; e “A gênese”.

UMBANDA POPULAR

Outros nomes:
É também conhecida como Umbanda Mística.
Origem:
É uma das mais antigas vertentes, fruto da umbandização de antigas casas de Macumbas, porém não existe registro da data e do local inicial em que começou a ser praticada. É a vertente mais aberta a novidades, podendo ser comparada, guardada as devidas proporções, com o que alguns estudiosos da religião identificam como uma característica própria da religiosidade das grandes cidades do mundo ocidental na atualidade, onde os indivíduos escolhem, como se estivessem em um supermercado, e adotam as práticas místicas e religiosas que mais lhe convêm, podendo, inclusive, associar aquelas de duas ou mais religiões.
Foco de divulgação:
Não existe um foco principal de divulgação dessa vertente na atualidade, uma vez que não existe uma doutrina comum em seu interior. Entretanto, é a vertente mais difundida em todo o país.
Orixás:
Nesta vertente encontra-se um forte sincretismo dos santos católicos com os Orixás, associados a um conjunto de práticas místicas e religiosas de diversas origens adotadas pela população em geral, tais como: rezas, benzimentos, simpatias, uso de cristais, incensos, patuás e ervas para o preparo de banhos de purificação e chás medicinais.
Considera a existência de dez Orixás:
Oxalá, Ogum, Oxóssi, Xangô, Obaluaiê, Iemanjá, Oxum, Iansã, Nanã e Ibejis. Em alguns lugares também são cultuados mais dois Orixás: Ossaim e Oxumaré.
Linhas de trabalho:
Existem três versões para as linhas de trabalho nesta vertente:
Na mais antiga, são consideradas a existência de sete linhas de trabalho: de Oxalá (onde inclui as Crianças), de Iemanjá (onde inclui Iemanjá, Oxum, Nanã), de Ogum, de Oxóssi, de Xangô (onde inclui Xangô e Iansã), do Oriente (onde agrupa as entidades orientais) e das Almas (onde agrupa os Pretos-Velhos e as Pretas-Velhas);
Na intermediária, também são consideradas a existência de sete linhas de trabalho: de Oxalá, de Iemanjá (onde inclui Iemanjá, Oxum, Nanã), de Ogum, de Oxóssi, de Xangô (onde inclui Xangô e Iansã), das Crianças e das Almas (onde agrupa os Pretos-Velhos e as Pretas-Velhas);
Na mais recente, são consideradas como linha de trabalho cada tipo de entidade: de Caboclos(as), de Pretos(as)-Velhos(as), de Crianças, de Baianos, etc.
Entidades:
Os trabalhos são realizados por diversas entidades: Caboclos(as), Pretos(as)-Velhos(as), Crianças, Boiadeiros, Baianos(as), Marinheiros, Sereias, Ciganos(as), Exus, Pombagiras, Exus-Mirins e Malandros(as).
Ritualística:
Embora a roupa branca seja a vestimenta principal dos médiuns, essa vertente aceita o uso de roupas de outras cores pelas entidades, bem como o uso de complementos (tais como capas e cocares) e de instrumentais próprios (espada, machado, arco, lança, etc.). Nela encontra-se o uso de guias, imagens, fumo, defumadores, velas, bebidas, cristais, incensos, pontos riscados e atabaques nos trabalhos.
Livros doutrinários:
Esta vertente não possui um livro específico como fonte doutrinária.

UMBANDA OMOLOCÔ

Outros nomes:
Não possui.
Origem:
É fruto da umbandização de antigas casas de Omolocô, porém não existe registro da data e do local inicial em que começou a ser praticada. Começou a ser fundamentada pelo médium Tancredo da Silva Pinto (10/08/1904 – 01/09/1979) em 1950, no Rio de Janeiro, RJ.
Foco de divulgação:
Os principais focos de divulgação dessa vertente são: os noves livros escritos por Tancredo da Silva Pinto; as tendas criadas por seus iniciados; e o livro “Umbanda Omolocô”, escrito por Caio de Omulu.
Orixás:
Nesta vertente encontra-se um forte sincretismo dos Orixás com os santos católicos, sendo que aqueles estão vinculados às tradições africanas, principalmente as do Omolocô. Considera a existência de nove Orixás: Oxalá, Ogum, Oxóssi, Xangô, Obaluaiê, Iemanjá, Oxum, Iansã e Nanã.
Linhas de trabalho:
Considera como linha de trabalho cada tipo de entidade: de Caboclos(as), de Pretos(as)-Velhos(as), de Crianças, de Baianos, etc.
Entidades:
Os trabalhos são realizados por diversas entidades: Falangeiros de Orixá, Caboclos(as), Pretos(as)-Velhos(as), Crianças, Boiadeiros, Baianos(as), Marinheiros, Sereias, Ciganos(as), Exus, Pombagiras e Malandros(as).
Ritualística:
Embora a roupa branca seja a vestimenta principal dos médiuns, essa vertente aceita o uso de roupas de outras cores pelas entidades, bem como o uso de complementos (tais como capas e cocares) e de instrumentais próprios (espada, machado, arco, lança, etc.). Nela encontra-se o uso de guias, imagens, fumo, defumadores, velas, bebidas, cristais, incensos, pontos riscados e atabaques nos trabalhos. Nesta vertente também são utilizadas algumas cerimônias de iniciação e avanço de grau semelhantes à forma como são realizadas no Omolocô, incluindo o sacrifício de animais.
Livros doutrinários:
Esta vertente usa os seguintes livros como principais fontes doutrinárias:
“A origem de Umbanda”; “As mirongas da Umbanda”; “Cabala Umbandista”; “Camba de Umbanda”; “Doutrina e ritual de Umbanda”; “Fundamentos da Umbanda”; “Impressionantes cerimônias da Umbanda”; “Tecnologia ocultista de Umbanda no Brasil”; e “Umbanda: guia e ritual para organização de terreiros”.

UMBANDA ALMAS E ANGOLA

Outros nomes:
Não possui.
Origem:
É fruto da umbandização de antigas casas de Almas e Angola, porém não existe registro da data e do local inicial em que começou a ser praticada.
Foco de divulgação:
Não existe um foco principal de divulgação dessa vertente na atualidade, uma vez que não existe uma doutrina comum em seu interior.
Orixás:
Nesta vertente encontra-se um forte sincretismo dos Orixás com os santos católicos, sendo que aqueles estão vinculados às tradições africanas, principalmente as do Almas e Angola. Considera a existência de nove Orixás: Oxalá, Ogum, Oxóssi, Xangô, Obaluaiê, Iemanjá, Oxum, Iansã e Nanã.
Linhas de trabalho:
Considera a existência de sete linhas de trabalho: de Oxalá, do Povo d’Água (onde inclui Iemanjá, Oxum, Nanã e Iansã), de Ogum, de Oxóssi, de Xangô, das Beijadas (onde agrupa as Crianças) e das Almas (onde inclui Obaluaiê e agrupa os Pretos-Velhos e as Pretas-Velhas).
Entidades:
Os trabalhos são realizados por diversas entidades: Falangeiros de Orixá, Caboclos(as), Pretos(as)-Velhos(as), Crianças, Boiadeiros, Baianos(as), Marinheiros, Exus e Pombagiras.
Ritualística:
Embora a roupa branca seja a vestimenta principal dos médiuns, essa vertente aceita o uso de roupas de outras cores pelas entidades, bem como o uso de complementos (tais como capas e cocares) e de instrumentais próprios (espada, machado, arco, lança, etc.). Nela encontra-se o uso de guias, imagens, fumo, defumadores, velas, bebidas, cristais, incensos, pontos riscados e atabaques nos trabalhos. Nesta vertente também são utilizadas algumas cerimônias de iniciação e avanço de grau semelhantes à forma como são realizadas no Almas e Angola, incluindo o sacrifício de animais.
Livros doutrinários:
Esta vertente não possui um livro específico como fonte doutrinária.

UMBANDOMBLÉ

Outros nomes:
É também conhecida como Umbanda Traçada.
Origem:
É fruto da umbandização de antigas casas de Candomblé, notadamente as de Candomblé de Caboclo, porém não existe registro da data e do local inicial em que começou a ser praticada. Em alguns casos, o mesmo pai-de-santo (ou mãe-de-santo) celebra tanto as giras de Umbanda quanto o culto do Candomblé, porém em sessões diferenciadas por dias e horários.
Foco de divulgação:
Não existe um foco principal de divulgação dessa vertente na atualidade.
Orixás:
Nesta vertente existe um culto mínimo aos santos católicos e os Orixás são fortemente vinculados às tradições africanas, principalmente as da nação Ketu, podendo inclusive ocorrer a presença de outras entidades no panteão que não são encontrados nas demais vertentes da Umbanda (Oxalufã, Oxaguiã, Ossain, Obá, Ewá, Logun-Edé, Oxumaré).
Linhas de trabalho:
Considera como linha de trabalho cada tipo de entidade: de Caboclos(as), de Pretos(as)-Velhos(as), de Crianças, de Baianos, etc.
Entidades:
Os trabalhos são realizados por diversas entidades: Falangeiros de Orixá, Caboclos(as), Pretos(as)-Velhos(as), Crianças, Boiadeiros, Baianos(as), Marinheiros, Sereias, Ciganos(as), Exus, Pombagiras e Malandros(as).
Ritualística:
Embora a roupa branca seja a vestimenta principal dos médiuns, essa vertente aceita o uso de roupas de outras cores pelas entidades, bem como o uso de complementos (tais como capas e cocares) e de instrumentais próprios (espada, machado, arco, lança, etc.). Nela encontra-se o uso de guias, imagens dos Orixás na representação africana, fumo, defumadores, velas, bebidas e atabaques nos trabalhos. Nesta vertente também são utilizadas algumas cerimônias de iniciação e avanço de grau semelhantes à forma como são realizadas nos Candomblés, incluindo o sacrifício de animais, podendo ser encontrado, também, curimbas cantadas em línguas africanas (banto ou iorubá).
Livros doutrinários:
Esta vertente não possui um livro específico como fonte doutrinária.

UMBANDA ECLÉTICA MAIOR

Outros nomes:
Não possui.
Origem:
É a vertente fundamentada por Oceano de Sá (23/02/1911 – 21/04/1985), mais conhecido como mestre Yokaanam, surgida no Rio de Janeiro, RJ, em 27/03/1946, com a fundação da Fraternidade Eclética Espiritualista Universal.
Foco de divulgação:
Os principais focos de divulgação dessa vertente são a sede da fraternidade e suas regionais.
Orixás:
Nesta vertente existe uma forte vinculação dos Orixás aos santos católicos, sendo que aqueles foram reinterpretados de maneira totalmente distinta das tradições africanas, não havendo nenhuma vinculação dos mesmos com elas.
Considera a existência de pelo menos nove Orixás:
Oxalá, Ogum, Ogum de Lei, Oxóssi, Xangô, Xangô-Kaô, Yemanjá, Ibejês e Yanci, sendo que um deles não existe nas tradições africanas (Yanci) e alguns deles seriam considerados manifestações de um Orixá em outras vertentes (Ogum de Lei/Ogum e Xangô-Kaô/Xangô).
Linhas de trabalho:
Considera a existência de sete linhas de trabalho, fortemente associadas a santos católicos:
de São Jorge (Ogum), de São Sebastião (Oxóssi), de São jerônimo (Xangô), de São João Batista (Xangô-Kaô), de São Custódio (Ibejês), de Santa Catarina de Alexandria (Yanci) e São Lázaro (Ogum de Lei).
Entidades:
Os trabalhos são realizados principalmente por Caboclos(as), Pretos(as)-Velhos(as), e Crianças.
Ritualística:
A roupa branca é a vestimenta usada pelos médiuns durante as giras e encontra-se o uso de uma cruz, um quadro com o rosto de Jesus Cristo, velas, porém os atabaques, as guias, as bebidas e fumo não são utilizados nas cerimônias.
Livros doutrinários:
Esta vertente usa os seguintes livros como principais fontes doutrinárias:
“Evangelho de Umbanda”; “Manual do instrutor eclético universal”; “Yokaanam fala à posteridade”; e “Princípios fundamentais da doutrina eclética”.

UMBANDA ESOTÉRICA

Outros nomes:
É também conhecida como Aumbandã, Aumbhandan, Conjunto de Leis Divinas e Senhora da Luz Velada.
Origem:
É a vertente fundamentada por Pai Guiné de Angola através do seu médium Woodrow Wilson da Matta e Silva (28/06/1917 – 17/04/1988), surgida no Rio de Janeiro, RJ, em 1956, com a publicação do livro “Umbanda de todos nós”. Sua doutrina é fortemente influenciada pela Teosofia, pela Astrologia, pela Cabala e por outras escolas ocultistas mundiais e baseada no instrumento esotérico conhecido como Arqueômetro, criado por Saint Yves D’Alveydre e com o qual se acredita ser possível conhecer uma linguagem oculta universal que relaciona os símbolos astrológicos, as combinações numerológicas, as relações da cabala e o uso das cores.
Foco de divulgação:
Os principais focos de divulgação dessa vertente são: os noves livros escritos por Matta e Silva; e as tendas e ordens criadas por seus discípulos.
Orixás:
Nesta vertente não existe o culto aos santos católicos e os Orixás foram reinterpretados de maneira totalmente distinta das tradições africanas, não havendo nenhuma vinculação dos mesmos com elas. Considera a existência de sete Orixás: Orixalá, Ogum, Oxóssi, Xangô, Yemanjá, Yori, Yorimá, sendo que dois deles não existem nas tradições africanas (Yori e Yorimá).
Linhas de trabalho:
Considera a existência de sete linhas de trabalho, que recebem o nome dos Orixás: de Oxalá, de Yemanjá, de Ogum, de Oxóssi, de Xangô, de Yori (onde agrupa as Crianças) e de Yorimá (onde agrupa os Pretos-Velhos e as Pretas-Velhas).
Entidades:
Os trabalhos são realizados somente por Caboclos(as), Pretos(as)-Velhos(as), Crianças e Exus, sendo que estes últimos não são considerados trabalhadores da Umbanda e sim da Quimbanda.
Ritualística:
A roupa branca é a vestimenta usada pelos médiuns durante as giras e encontra-se o uso de guias feitas de elementos naturais, um quadro com o rosto de Jesus Cristo, fumo, defumadores, velas, bebidas, cristais e tábuas com ponto riscado nos trabalhos, porém os atabaques não são utilizados nas cerimônias.
Livros doutrinários:
Esta vertente usa os seguintes livros como principais fontes doutrinárias:
“Doutrina secreta da Umbanda”; “Lições de Umbanda e Quimbanda na palavra de um Preto-Velho”; “Mistérios e práticas da lei de Umbanda”; “Segredos da magia de Umbanda e Quimbanda”; “Umbanda de todos nós”; “Umbanda do Brasil”; “Umbanda: sua eterna doutrina”; “Umbanda e o poder da mediunidade”; e “Macumbas e Candomblés na Umbanda”.

UMBANDA GUARACYANA

Outros nomes:
Não possui.
Origem:
É a vertente fundamentada pelo Caboclo Guaracy através do seu médium Sebastião Gomes de Souza (1950 – ), mais conhecido como Carlos Buby, surgida em São Paulo, SP, em 02/08/1973, com a fundação da Templo Guaracy do Brasil.
Foco de divulgação:
Os principais focos de divulgação dessa vertente são os Templos Guaracys do Brasil e do Exterior.
Orixás:
Nesta vertente não existe o culto aos santos católicos e os Orixás foram reinterpretados em relação às tradições africanas, havendo, entretanto, uma ligação dos mesmos com elas. Considera a existência de dezesseis Orixás, divididos em quatro grupos, relacionados aos quatro elementos e aos quatro pontos cardeais: Fogo/Sul (Elegbara, Ogum, Oxumarê, Xangô), Terra/Oeste (Obaluaiê, Oxóssi, Ossãe, Obá), Norte/Água (Nanã, Oxum, Iemanjá, Ewá) e Leste/Ar (Iansã, Tempo, Ifá e Oxalá).
Linhas de trabalho:
Considera como linha de trabalho cada tipo de entidade: de Caboclos(as), de Pretos(as)-Velhos(as), de Crianças, de Baianos, etc.
Entidades:
Os trabalhos são realizados por diversas entidades: Caboclos(as), Pretos(as)-Velhos(as), Crianças, Boiadeiros, Baianos(as), Marinheiros, Ciganos(as), Exus e Pombagiras.
Ritualística:
Roupas coloridas (na cor do Orixá) são a vestimenta usada pelos médiuns durante as giras e encontra-se o uso de guias, fumo, defumadores, velas e atabaques nos trabalhos, porém não são utilizadas imagens e bebidas nas cerimônias.
Livros doutrinários: Esta vertente não possui um livro específico como fonte doutrinária.

UMBANDA DO AUMPRAM

Outros nomes:
É também conhecida como Aumbandhã e Umbanda Esotérica.
Origem:
É a vertente fundamentada por Pai Tomé (também chamado Babajiananda) através do seu médium Roger Feraudy (?/?/1923 – 22/03/2006), surgida no Rio de Janeiro, RJ, em 1986, com a publicação do livro “Umbanda, essa desconhecida”. Esta vertente é uma derivação da Umbanda Esotérica, das quais foi se distanciando ao adotar os trabalhos de apometria e ao desenvolver a sua doutrina da origem da Umbanda, a qual prega que a mesma surgiu a 700.000 anos em dois continentes míticos perdidos, Lemúria e Atlântida, que teriam afundado no oceano em um cataclismo planetário, os quais teriam sido os locais em que terráqueos e seres extraterrestres teriam vividos juntos e onde estes teriam ensinado àqueles sobre o Aumpram, a verdadeira lei divina.
Foco de divulgação:
Os principais focos de divulgação dessa vertente são: os livros escritos por Roger Feraudy; e as tendas e fraternidades criadas por seus discípulos.
Orixás:
Nesta vertente não existe o culto aos santos católicos e os Orixás foram reinterpretados de maneira totalmente distinta das tradições africanas, não havendo nenhuma vinculação dos mesmos com elas. Considera a existência dos 7 Orixás da Umbanda Esotérica (Oxalá, Yemanjá, Ogum, Oxóssi, Xangô, Yori e Yorimá) e mais Obaluaiê, o qual consideram o Orixá oculto da Umbanda.
Linhas de trabalho:
Considera a existência de sete linhas de trabalho, que recebem o nome dos 7 Orixás: de Oxalá, de Yemanjá, de Ogum, de Oxóssi, de Xangô, de Yori (onde agrupa as Crianças) e de Yorimá (onde agrupa os Pretos-Velhos e as Pretas-Velhas).
Entidades:
Os trabalhos são realizados somente por Caboclos(as), Pretos(as)-Velhos(as), Crianças e Exus, sendo que estes últimos não são considerados trabalhadores da Umbanda e sim da Quimbanda.
Ritualística:
A roupa branca é a vestimenta usada pelos médiuns durante as giras e encontra-se o uso da imagem de Jesus Cristo, fumo, defumadores, velas, cristais e incensos nos trabalhos, porém as guias e os atabaques não são utilizados nas cerimônias.
Livros doutrinários:
Esta vertente usa os seguintes livros como principais fontes doutrinárias: “Umbanda, essa desconhecida”; “Erg, o décimo planeta”; “Baratzil: a terra das estrelas”; e “A terra das araras vermelhas: uma história na Atlântida”.

UMBANDA DE SÍNTESE

Outros nomes:
É também conhecida como Umbanda Iniciática, Ombhandhum e Proto-Síntese Cósmica.
Origem:
É a vertente fundamentada pelo médium Francisco Rivas Neto (1950 – ), surgida em São Paulo, SP, em 1989, com a publicação do livro “Umbanda: a proto-síntese cósmica”. Esta vertente começou como uma derivação da Umbanda Esotérica, porém aos poucos foi se distanciando cada vez mais dela, conforme ia desenvolvendo sua doutrina conhecida como movimento de convergência, que busca um ponto de convergência entre as várias vertentes umbandistas. Nela existe uma grande influência oriental, principalmente em termos de mantras indianos e utilização do sânscrito, e há a crença de que a Umbanda é originária de dois continentes míticos perdidos, Lemúria e Atlântida, que teriam afundado no oceano em um cataclismo planetário.
Foco de divulgação:
Os principais focos de divulgação dessa vertente são: o livro “Umbanda:
a proto-síntese cósmica”; a Faculdade de Teologia Umbandista, fundada em 2003; o Conselho Nacional da Umbanda do Brasil, fundado em 2005; e as tendas e ordens criadas pelos discípulos de Rivas Neto.
Orixás:
Nesta vertente não existe o culto aos santos católicos e os Orixás foram reinterpretados de maneira totalmente distinta das tradições africanas, não havendo nenhuma vinculação dos mesmos com elas. Considera a existência dos 7 Orixás da Umbanda Esotérica, associados, cada um deles, a mais um Orixá, de sexo oposto, formando um casal: Orixalá-Odudua, Ogum-Obá, Oxóssi-Ossaim, Xangô-Oyá, Yemanjá-Oxumaré, Yori-Oxum, Yorimá-Nanã. Por esta associação nota-se que alguns Orixás tiveram seu sexo modificado em relação a tradição africana (Odudua e Ossaim).
Linhas de trabalho: Considera a existência de sete linhas de trabalho, que recebem o nome dos Orixás principais do par: de Oxalá, de Yemanjá, de Ogum, de Oxóssi, de Xangô, de Yori (onde agrupa as Crianças) e de Yorimá (onde agrupa os Pretos-Velhos e as Pretas-Velhas).
Entidades:
Os trabalhos são realizados somente por Caboclos(as), Pretos(as)-Velhos(as), Crianças e Exus, sendo que estes últimos não são considerados trabalhadores da Umbanda e sim da Quimbanda.
Ritualística:
A roupa branca é a vestimenta usada pelos médiuns durante as giras de Umbanda e a roupa preta, associada ao vermelho e branco, nas de Exu, sendo admitidos o uso de complementos por sobre a roupa dos médiuns, tais como cocares de caboclos. Nela encontra-se o uso de guias, fumo, defumadores, velas, bebidas, cristais e tábuas com ponto riscado nos trabalhos, porém os atabaques não são utilizados nas cerimônias.
Livros doutrinários:
Esta vertente usa o seguinte livro como principal fonte doutrinária:
“Umbanda: a proto-síntese cósmica”.

UMBANDA SAGRADA

Outros nomes:
Não possui.
Origem:
É a vertente fundamentada por Pai Benedito de Aruanda e pelo Ogum Sete Espadas da Lei e da Vida, através do seu médium Rubens Saraceni (1951 – ), surgida em São Paulo, SP, em 1996, com a criação do Curso de Teologia de Umbanda. Sua doutrina procura ser totalmente independente das doutrinas africanistas, espíritas, católicas e esotéricas, pois considera que a Umbanda independe dessas tradições.
Foco de divulgação:
Os principais focos de divulgação dessa vertente são: o Colégio de Umbanda Sagrada Pai Benedito de Aruanda, fundado em 1999; o Instituto Cultural Colégio Tradição de Magia Divina, fundado em 2001; a Associação Umbandista e Espiritualista do Estado de São Paulo; os livros escritos por Rubens Saraceni; e os colégios e tendas criadas por seus discípulos.
Orixás:
Nesta vertente não existe o culto aos santos católicos e os Orixás foram reinterpretados de maneira totalmente distinta das tradições africanas, não havendo nenhuma vinculação dos mesmos com elas. Considera a existência de catorze Orixás: Oxalá, Oxum, Oxóssi, Xangô, Ogum, Obaluaiê, Iemanjá, Oiá, Oxumaré, Obá, Iansã, Egunitá, Nanã, Omulu. Os sete primeiros são chamados Orixás Universais e os outros sete, Orixás Cósmicos, sendo que alguns deles seriam considerados manifestações do mesmo Orixá nas tradições africanas (Obaluaiê/Omulu e Oiá/Iansã/Egunitá).
Linhas de trabalho: Considera a existência de sete linhas de trabalho, chamadas de tronos divinos, que agrupam os catorze Orixás em casais: Fé (Oxalá-Oiá), Amor (Oxum-Oxumaré), Conhecimento (Oxóssi-Obá), Justiça (Xangô-Iansã), Lei (Ogum-Egunitá), Evolução (Obaluaiê-Nanã) e Geração (Iemanjá-Omulu).
Entidades:
Os trabalhos são realizados por diversas entidades: Caboclos(as), Pretos(as)-Velhos(as), Crianças, Boiadeiros, Baianos(as), Marinheiros, Sereias, Ciganos(as), Exus, Pombagiras e Exus-Mirins.
Ritualística:
A roupa branca é a vestimenta usada pelos médiuns durante as giras e encontra-se o uso de guias, fumo, defumadores, velas, bebidas e pontos riscados nos trabalhos, porém os atabaques e as imagens não são utilizados nas cerimônias.
Livros doutrinários:
Esta vertente usa os seguintes livros como principais fontes doutrinárias:
“A evolução dos espíritos”; “A magia divina das sete pedras sagradas”; “A magia divina dos elementais”; “A magia divina dos sete símbolos sagrados”; “A tradição comenta a evolução”; “As sete linhas de evolução”; “As sete linhas de Umbanda: a religião dos mistérios”; “Código de Umbanda”; “Deus, deuses, divindades e anjos”; “Formulário de consagrações umbandistas: livro de fundamentos”; “Hash-Meir: o guardião dos sete portais de luz”; “Lendas da criação: a saga dos Orixás”; “O ancestral místico”; “O código da escrita mágica simbólica”; “O guardião da pedra de fogo: as esferas positivas e negativas”; “O guardião das sete portas”; “O guardião dos caminhos: a história do senhor Guardião Tranca-Ruas”; “Orixá Exu-Mirim”; “Orixá Exu: fundamentação do mistério Exu na Umbanda”; “Orixá Pombagira”; “Orixás: teogonia de Umbanda”; “Os arquétipos da Umbanda: as hierarquias espirituais dos Orixás”; “Os guardiões dos sete portais: Hash-Meir e o Guardião das Sete Portas”; “Rituais umbandistas: oferendas, firmezas e assentamentos”; e “Umbanda Sagrada: religião, ciência, magia e mistérios”. 

23/07/2014 - CARTA MAGNA DA UMBANDA - ATUALIZADA EM 04/07/2014

Congresso Nacional de Umbanda
Deliberação para organização e formatação de documento oficial para a Religião de Umbanda
Denominado de “Carta Magna de Umbanda”
O Congresso Nacional de Umbanda foi criado para o debate sobre assuntos de alta relevância para a religião. Porém é hora de realizarmos um trabalho voltado à normatizações, o que não quer dizer codificação da Umbanda; entretanto, temos que ter um posicionamento único em relação a própria religião e seus posicionamentos sobre as diversas questões sociais, legais, culturais e humanas levantadas dentro de nossa sociedade. É necessário que haja o comprometimento de todos para realizarmos uma plataforma de compreensão dentro do conceito religioso. Para isto segue abaixo a proposta inicial que está sendo discutida e melhorada através de todos os que se mostraram dispostos a participar, estando todos para isso convidados. O Congresso Nacional de Umbanda, que teve seu início em 2013 será realizado no decorrer do ano de 2014 e 2015, proposto pelo MPU,  segue respeitando todas as vertentes e linhas de estudo, sendo assim, não segrega ou discrimina nenhum tipo de opinião que não seja para enaltecer o meio. 
Não será colocado em pauta nenhum assunto de cunho litúrgico ou que faça parte de qualquer ritual, entende-se assim que existe dentro da religião colocações que servem a todos, estas devem ser enaltecidas por todos como fonte básica onde parte a própria religião. Propõe-se uma “Carta Magna de Umbanda” e através desta, todos poderão assinar dando a Umbanda uma referência única. Esta referência respeita os ditames da sublime forma de interpretação da base religiosa, tendo por objetivo final ser um documento Nacional e Internacional da religião, onde através dele podemos nos diferenciar de trabalhos que não condizem com a realidade da Umbanda.
Sabemos que muitos que não comungam de nossa fé acabam por interpretá-la de maneira errônea, dando conotações equivocadas que influenciam a opinião pública e a mídia. A partir do momento que realizarmos este trabalho, estaremos protegendo nossos conceitos básicos, dando força a todas as casas que professam a fé religiosa de Umbanda.  Através desta Carta Magna de Umbanda podemos cobrar de órgãos governamentais e não governamentais, que respeitem os direitos existentes na Constituição Brasileira colocando este documento como referência de interpretação de nossa religião para se fazer cumprir a lei 7.716 de 5 de janeiro de 1989, alterada pela Lei nº 9.459, de 15 de maio de 1997 contra a Intolerância Religiosa.
O trabalho inicial foi apresentado em reunião dia 14 de Abril na Rua Brigadeiro Jordão, 297 Ipiranga no ano de 2013 com participação de várias lideranças. Cada órgão federativo, representado pelos seus diretores, sacerdotes e lideranças se empenharam ajudando à trazer propostas para o Congresso Nacional de Umbanda, a direção foi do MPU, todos unidos com  responsabilidade pela Umbanda.
O Congresso tem por finalidade agregar todas as vertentes, escolas, federações, templos, escritores, pensadores, imprensa, filósofos, doutores que estão inseridos na religião de Umbanda com a finalidade de atingir a opinião pública sobre o que é Umbanda, sua cultura social, política e religiosa. Temos a responsabilidade de fundamentar um pensamento único em relação a vários pontos específicos.  Estes pontos são aspectos claros existentes em qualquer vertente da Religião de Umbanda e passam a ser uma forma de normatizar a base da religião. A normatização nada mais é do que uma forma de trazer  a unidade, coerente e inteligente para difundirmos a nossa religião respeitando a liturgia e os estudos aplicados em cada vertente.
O lançamento oficial do Congresso Nacional de Umbanda foi na Câmara dos Vereadores de São Paulo dia 17 de Agosto de 2013 posteriormente em Cuiabá no Mato Grosso do Sul, na câmara dos vereadores de Fortaleza Ceará, no Rio de Janeiro no Primado de Umbanda, em Curitiba Paraná pela Federação Paranaense de Umbanda, em Minas Gerais com órgãos federativos regionais. Ainda com participações de muitos templos de outros estados do Brasil e exterior.
Por necessidade de termos um órgão de âmbito nacional e internacional como regulador da CARTA MAGNA DA UMBANDA, o SOI - Superior Órgão Internacional de Umbanda e dos Cultos Afros  sediado em Lages- SC, passa a cumprir esse papel, estando a frente deste trabalho. Aos Órgãos regionais pedimos a participação e apoio necessários para a constituição e oficialização deste documento. 

CARTA MAGNA DA UMBANDA

Atualizada dia 04/07/2014 com apoio dos mais de 4 mil templos espalhados pelo Brasil, Federações, conselhos jurídicos e Antropólogos. Contribuição especial do conselho sacerdotal do

SOI – Superior Órgão de Umbanda Internacional
A Umbanda é uma religião que crê na existência de um Deus único, inteligência suprema, causa primária de todas as coisas, eterno, imutável, imaterial, onipotente, soberanamente justo e bom, infinito em todas as Suas perfeições.
Cremos na existência dos Sagrados Orixás, responsáveis diretos por toda a criação do universo e sustento do planeta Terra. Não são deuses, mas sim denominações humanas para uma classe de Poderes Reinantes do Divino Criador.
Cremos na existência e comunicação mediúnica, através de medianeiros preparados para tal tarefa, em trabalhos caritativos em atendimentos fraternos dos Guias Espirituais, os Espíritos Tutelares, também conhecidos como Espíritos Santos de Deus ou Santas Almas Benditas.
Dando por verdade que a Umbanda teve contribuições positivas das religiões e/ou filosofias Espírita, Indígenas, Africanas e do Catolicismo popular, aceitando tudo o que é bom e rejeitando tudo o que não se coaduna com as necessidades espirituais religiosas do conceito Umbandista, entende-se que a Umbanda não se submete a nenhum dogma relacionado às religiões ou filosofias citadas, sendo livre de interferências.
Cremos em Jesus (sincretizado com Oxalá), incondicionalmente, sendo Ele o pilar central da Umbanda, pautando o aspecto doutrinário embasado nos seus ensinamentos, seguindo o que foi anunciado pelo FUNDADOR DA UMBANDA, o
Caboclo das Sete Encruzilhadas, nos ensinamentos dos Espíritos Crísticos, os Mestres do Amor, como via evolutiva para se chegar a uma espiritualidade superior.
Possui sacramentos e ritos próprios de batismo, casamento e fúnebre.
A Umbanda é uma religião de “Culto à Caridade”. Dá ênfase à simplicidade dos rituais, que permite a dedicação integral do tempo das sessões em atendimento fraterno aos que a ela recorrem. Nos atendimentos fraternos está o assistencialismo da Umbanda, sempre de forma caritativa.
Cremos na existência de sítios vibratórios da natureza (praias, matas, cachoeiras, pedreiras, montanhas, campos, lagoas, fontes, jardins, etc.), por onde os Sagrados Orixás manifestam-se energeticamente com mais intensidade, emanando magnetismos necessários à nossa sobrevivência, e aonde vamos constantemente promovendo concentrações para refazimento energético, harmonizações e captação de energias sublimes, nos reequilibrando com as forças da Mãe Natureza. A Umbanda reverencia a Mãe Natureza, por ser nela que se encontra a mais pura manifestação Divina e também porque vamos buscar e nos harmonizar com as forças ali reinantes, sustentadoras de toda a forma de vida planetária, atraindo ainda forças do universo para complementar tais vibrações já existentes em nosso planeta, unindo assim, poderosas forças divinizadas existentes nos planos espirituais.
Os principais ritos da Umbanda são realizados através de orações, pontos cantados, que podem ser ritmados através de instrumentos musicais.
Realiza descarregos, com o uso de ervas em defumações, em banhos, em amacis e no uso ritualístico do tabaco. Tem ainda nos elementos minerais, formas condensadas de energias que são aproveitadas nestes ritos, tais como: pedras, cristais, metais, incluindo a energia essencial dos quatro elementos básicos da natureza.
A Umbanda atua na elevação e educação religiosa e na evolução dos espíritos, praticando trabalhos que visam ao progresso do ser humano, direcionando a reforma íntima por meio dos postulados de Jesus que são ensinados pelos guias espirituais que se manifestam nos templos de Umbanda.
Entende-se que a religião de Umbanda é genuinamente brasileira, com duas características em sua origem:

Primeira: É milenar porque seus fundamentos são os mesmos que presidiam o reencontro com Deus desde o início da raça humana em nosso planeta.
Cósmica porque seus fundamentos culminaram com a união preconizada pelo Movimento Umbandista dos quatro pilares do conhecimento humano, que são: Filosofia, Ciência, Religião e Arte.
Evolutiva em suas manifestações porque a Umbanda se manifesta em seu dia a dia, utilizando todos os recursos positivos existentes no ontem, no hoje e com certeza usará os que vierem no amanhã.
Crística porque os seus aspectos, princípios, postulados e finalidades estão calcados nos ensinamentos dos Mestres da Luz, principalmente no Mestre Jesus, sendo a manifestação e a vivência do Evangelho Redentor, aceitando tudo o que é bom e rejeitando tudo o que não eleva e encaminha ao crescimento e desenvolvimento do ser humano.
Brasileira em suas origens. Como prática religiosa, surgiu e se desenvolve no Brasil e hoje também em todo o mundo.Congresso fase Internacional – Informações:
Segunda: Que foi instituída pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas, através da mediunidade de Zélio Fernandino de Moraes, em 15 de Novembro de 1908, em Neves/Niterói, anunciando pela primeira vez o termo “Umbanda”, como designativo de religião. Na mesma noite, revelou-se um Guia Espiritual, apresentando-se como Pai Antônio: era a presença de um Preto-Velho, a sacralização de um representante “africano” na Umbanda.
Umbanda é sinônimo de prática religiosa e caritativa, não tendo cobrança abusiva como uma de suas práticas usuais; não se permite retribuição financeira pelos atendimentos fraternos ou pelos passes realizados. Damos de graça o que de graça recebemos. Mas é lícito o chamamento dos médiuns e das pessoas que frequentam os Terreiros no sentido de contribuírem para a manutenção do mesmo ou para a realização de eventos de cunho religioso e assistencial aos mais necessitados. Vivemos para a Umbanda, porém precisamos criar mecanismos, como qualquer religião, de proporcionar o crescimento de nossos templos. Outrossim, visando à manutenção, ao conforto e ao bem estar dos seus frequentadores, a critério de cada templo, é facultada a cobrança de contribuições, bem como para trabalhos especiais. Por ética, baseando-se na ação caritativa, a Umbanda não aceita cobranças indevidas dessas contribuições, que devem ser espontâneas e de bom senso.
A Umbanda não pratica o corte ritual de animais (embora o compreenda e respeite como fundamento de outras religiões, inclusive com o tradicional aproveitamento para ceia comunal) quer para assentamentos espirituais/vibracionais,
quer para homenagear Orixás, Guias Espirituais, Exus e Pombas-Gira, quer para fortificar mediunidades, ou mesmo em processos ofertatórios ou demandatórios para obtenção de favores de qualquer ordem, pois recorre às orações, descarregos (desobsessões), ou, se preciso, oferendas votivas de flores, bebidas, frutos, sucos, chás, alimentos, incensos, velas, ou seja, produtos naturais e de elevada vibração em manipulações espirituais/vibracionais, isentas de materiais de energia vibratória densa, uma vez que um dos objetivos da Umbanda é elevar e sublimar o Espírito dos seus iniciados e assistidos, levando-os a compreender e interiorizar a Verdade de que o Espírito é superior à Matéria. Reforma íntima, fé, amor, orações são os principais fundamentos religiosos da Umbanda, e suas práticas ofertórias são isentas de materiais de densa frequência vibratória. A oferenda votiva, além de operação espiritual/vibracional, é também uma reverência espontânea aos Sagrados Orixás e é recomendada a sua prática aos seus fiéis.
A Umbanda reconhece as derivações oriundas de seu cruzamento com outras religiões, ocasionadas pela diversidade religiosa no Brasil. Várias vertentes da Umbanda foram se formando e consolidando com o passar dos anos, agregando a elas mesmas práticas oriundas de outras religiões, sendo, entretanto, todas galhos de uma mesma árvore e, desse modo, a Umbanda se posiciona totalmente contra qualquer forma de discriminação a elas, em conformidade com a lei 7.716 de 5 de janeiro de 1989, alterada pela Lei nº 9.459, de 15 de maio de 1997, e ao conjunto da legislação vigente sobre esse tema.

A UMBANDA É: DOAÇÃO, CARIDADE, COMPROMISSO, PROSPERIDADE E HUMILDADE.
Doação
A Umbanda tem no voluntariado a forma de crescimento natural da religião, onde a participação é fundamental. É por meio da doação que o medianeiro aprende a valorizar seu templo e socializa-se com seus irmãos.
Caridade
A ação caritativa é uma das formas de elevação do espírito. Fora da caridade não existe a compreensão da missão evolutiva do religioso de Umbanda. A caridade é a expressão máxima do aprendizado religioso em sua plenitude pelo médium de Umbanda.
Compromisso
A Umbanda tem no médium compromissado com o bem, com a verdade, com a lealdade, com a caridade, com a entrega pessoal, com o respeito, a essência do verdadeiro religioso como forma de evolução.
Prosperidade
Dizem os Espíritos: “Conquistarás tudo com o suor do teu rosto”. Ainda nos alertam: “Não venham pedir à espiritualidade aquilo que é da sua competência”. A prosperidade se dá pela honestidade, pelo esforço, conhecimento e trabalho individual, onde, amparado por sua fé e merecimento, o indivíduo conquistará seus objetivos.
Humildade
O religioso de Umbanda tem como base espiritual sua humildade, entendendo que ele, médium, não é melhor que ninguém, mas, sim, tem uma responsabilidade maior e um compromisso como instrumento da espiritualidade em transmitir as mensagens de Luz passadas pelos planos elevados. Na Umbanda existe uma hierarquia
espiritual que orienta os trabalhos, com Dirigentes Espirituais, Médiuns e Auxiliares; porém, todos sabemos que no plano material somos em todos os momentos aprendizes e professores e todos nós estamos em constante aprendizado, não sendo ninguém melhor do que o outro, apenas com funções e responsabilidades diferentes. Entendemos que quem deve ser vangloriado é Deus e a espiritualidade de Luz, nunca o medianeiro!

PRECONCEITO ÉTNICO
A Umbanda é uma religião brasileira e, assim como seu povo, miscigenada, existindo a representação de várias etnias. A Umbanda é o exemplo inter-étnico e responde por ela mesma, pois tem em sua base o negro, o indígena e o europeu. Mostra-se como exemplo de cultura e educação, coibindo qualquer forma preconceituosa. O racismo é, antes de tudo, uma demonstração de atraso espiritual e desconhecimento das leis divinas. Aquele que diminui ou persegue o irmão pela cor da pele ou por qualquer outra característica étnica, viola o grande mandamento, síntese de toda a lei e dos profetas, "amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”.

ORIENTAÇÃO SEXUAL E IDENTIDADE DE GÊNERO
Na Umbanda todo ser humano é visto como irmão (ã) espiritual, sendo aceita qualquer orientação sexual e identidade de gênero. Assim a religião entende e acolhe espíritos, e não o gênero ou a sexualidade. Discriminação e preconceito não são ensinados pelos nossos guias, entendendo que a Umbanda acolhe a todos. Encarnamos com propósitos e meios para alcançá-los, sendo fundamental respeitarmos a condição de cada indivíduo. Homossexualidade e transexualidade são somente questões de foro pessoal.
CASAMENTO
Para a Umbanda, tão bela quanto a sabedoria de Deus transmitida pelos Guias Espirituais e nossa missão para com Eles, conosco e com o próximo, é o sacramento do casamento. Os encontros espirituais de dois seres carnais contribuem para os alicerces da sociedade, assim como para todas as religiões existentes. O casamento deve se dar por amor e livre arbítrio, onde o casal é orientado e acolhido também espiritualmente. Para a Umbanda é irrelevante o fato da homossexualidade, da transexualidade ou de uma das partes não ser propriamente umbandista. Reservamos a todos direitos iguais de matrimônio sejam heterossexuais, homossexuais, transexuais e casais onde um dos cônjuges é de uma orientação religiosa diferente. Unimos espíritos em sua base carnal passageira, sem impor quaisquer condições financeiras e étnicas. Compreendemos que o casamento religioso é a base espiritual para uma família e tanto o corpo mediúnico quanto a assistência têm o direito a este sacramento.

ADOÇÃO
Nosso posicionamento não é apenas favorável, mas também incentivador à adoção. O acolhimento físico, moral e espiritual daquele a ser adotado, sempre levando em consideração as condições dos pais, é o de dar-lhe respeito, carinho, amor e proteção, para o resgate da criança/do adolescente e sua inserção nos princípios de cidadania, tornando-o um ser humano consciente de suas responsabilidades e voltado para a prática do bem. Nosso respaldo é que este ser humano (assim como aqueles que serão
seus pais) precisa de compreensão de sua condição humana e espiritual. Acreditamos no mesmo direito por parte de pais e mães homossexuais e transexuais, pois a amplitude desse ato não se reserva à condição sexual ou de gênero, e sim ao resgate cármico em condições tanto materiais quanto emocionais para a educação da criança e do adolescente. Preservamos a vida e o respeito, em todas suas formas de atos e manifestações.

DIVÓRCIO
Enquanto conselheiros espirituais, não incentivamos o divórcio; porém não compactuamos com o relacionamento aparentemente feliz, mas com o espírito abalado pelo ódio, sofrimento, falta de amor, que, por muitas vezes, pode causar riscos à integridade física, moral e espiritual a um dos cônjuges ou ao casal, e, por consequência, traumatizar familiares, filhos e amigos. Bem se sabe que o próprio Jesus nunca celebrou um casamento ou impôs regras para tal sacramento. Isso se dava por afinidade mútua das pessoas, baseadas em lealdade, respeito e amor. O casamento indissolúvel foi criação posterior, por outros preceitos religiosos. Dentro da Umbanda, acreditamos que o carma do casal pode ser breve ou durar uma vida inteira, de acordo com o que sua própria missão espiritual determina, e não somos nós que vamos impor uma convivência de infelicidade ou violência. O casamento em âmbito espiritual deve ser por livre escolha, preservando a integridade do ser humano, jamais sendo proibido para, em sua jornada, encontrar aquele (a) que possa ser seu (sua) companheiro (a) até o desencarne ou após. Assim como possuímos em nossa caminhada um carma a ser executado, também será no matrimônio, assegurando o direito àqueles que já se divorciaram de novamente celebrar este sacramento na religião de Umbanda.

CRIANÇAS NA UMBANDA
Assim como as sessões umbandistas recebem as falanges dos Erês (Ibejada) e reconhecem a sua inocência como importante missão de transmitir a médiuns e assistidos a alegria pura da vida na vibração desta poderosa força infantil, assim reconhecemos as crianças levadas às sessões como importante processo de sua própria formação espiritual, garantindo a elas o direito do conhecimento dentro da Umbanda da palavra de Nosso Pai Oxalá da Umbanda, sincretizado com Jesus Cristo, com sua magnitude em Deus e nos Orixás, para o atendimento mediúnico, para batizado, passes e desenvolvimento, o respaldo moral, físico e espiritual contra todas as formas de violência. Incentivamos a criança para que ela reconheça desde cedo sua importância, seu valor e seu caráter, concedendo a ela o direito de livre escolha pela sua pureza, mas trabalhando dentro de nossas crenças, para que tenha amparo sempre. As crianças possuem uma capacidade muito maior de absorver e compreender informações; assim como todas as crenças, reservamos a elas, nosso futuro. Por isso é dito: ninguém nasce odiando, isso é repassado durante a formação da personalidade. Devemos ensinar a amar. Esse é nosso objetivo com nossas crianças.

IDOSOS NA UMBANDA
Assim como a Umbanda presta reverência redobrada aos chamados Orixás “decanos” ou “mais velhos” (em especial, Oxalá, Obaluaê e Nanã) e aos Pretos-Velhos, preconiza o respeito, o amparo e a assistência aos idosos, no âmbito familiar e social, com base no amor, na caridade, no reconhecimento e na legislação em vigor, em especial o Estatuto do Idoso.

PRESERVATIVO E MÉTODOS CONTRACEPTIVOS
Acreditamos na espiritualidade e respeitamos a vida. Partindo deste princípio, apoiamos o uso do preservativo, como meio de proteção contra DSTs - Doenças Sexualmente Transmissíveis - e prevenção de uma gravidez indesejada, pois gravidez e a geração de um filho devem ocorrer quando estamos preparados para ela, dada a nossa responsabilidade com o ser que virá. Quando se trata de reprodução, é da escolha do ser humano ter filhos, de acordo com seu livre arbítrio e suas condições emocionais, financeiras e mesmo de saúde.
Defendemos que cada qual deve saber e escolher o momento de gerar um novo ser, com o espírito acoplado de seu carma, que necessitará de compreensão, educação e discernimento ao longo de sua vida.

Lembramos que, com este lindo momento, vêm necessidades básicas de alimentação, saúde e condições financeiras para criar o bebê.
Salientamos a importância do uso de métodos contraceptivos para prevenção, um modo de proteger a vida, não da vida. O uso do contraceptivo é aceito pela religião da Umbanda, respeitando o livre arbítrio, fundamental para o poder de escolha da mãe que irá gerar a criança, o controle de natalidade e o planejamento familiar.

DROGAS
Todos que recorrem aos Terreiros de Umbanda encontrarão o lado assistencialista. O dependente químico deve ser tratado sem aspectos preconceituosos, tendo total assistência por parte da religião de Umbanda.
A Umbanda respeita a vontade do indivíduo em buscar e aceitar o tratamento espiritual.
Devem ser observados e respeitados nos tratamentos o lado psicológico, o comprometimento químico e atenção espiritual para o dependente e sua família.

EUTANÁSIA / DISTANÁSIA/ ORTOTANÁSIA / SUICÍDIO / HOMICÍDIO/ ASSASSINATO
A Umbanda, por valorizar a vida, nos aspectos terreno e espiritual, entende que a passagem deve ser natural, respeitando a Lei do carma e aprendizados importantes ao Espírito.
Só o Criador, através de Sua Onisciência, Onipresença e Onipotência, sabe o momento do desenlace carnal daquele indivíduo.
Mesmo no caso em que a morte é inevitável e em que a vida não é abreviada senão por alguns instantes, a Eutanásia é sempre uma falta de resignação e de submissão à vontade do Divino Criador.
Práticas que atentam contra a vida, humana ou animal, não são aceitas pela Umbanda.
Homicídio cometido por um agente público ou profissional (segurança ou policial) no exercício de sua profissão não possui ônus espiritual sob tais fatos, onde o Estado passa a ser responsável. Nesse caso podemos muitas vezes entender que o profissional é apenas um agente da espiritualidade executando as leis do Carma.
Distanásia, do ponto de vista clínico e espiritual, não fere o conceito religioso de Umbanda pelo fato de tentar prolongar a vida do ser.
Ortotanásia não fere os conceitos religiosos e espirituais, pois é a morte natural do ser sem a utilização de meios artificiais ou qualquer interferência humana.

ABORTO
A Umbanda é contra a prática do aborto.
Na Umbanda entende-se que a partir da concepção já existe vida, um Espírito que anseia por sua evolução.
As observações dos resgates espirituais, por meio dos acontecimentos, necessitam ser levados em consideração.
Há falta sempre que transgredimos a Lei de Deus. Um pai e uma mãe, ou quem quer que seja que provoca o aborto, em qualquer período da gestação, cometerá transgressão sempre que tirar a vida de uma criança antes do seu nascimento, porque isso impede o espírito de passar pelas provas a que serviria de instrumento o corpo que se estava formando.
Dado o caso onde o nascimento da criança coloque em perigo a vida da mãe, é preferível, por bom senso, manter a vida da mãe.
O aconselhamento direto com os Guias Espirituais é fundamental para que as ações sejam feitas sempre baseadas na espiritualidade.
Caso ocorra ou tenha ocorrido o aborto por decisão de qualquer natureza, a Umbanda, seguindo os postulados de Jesus Cristo, não condena, mas perdoa a ação.

VIOLÊNCIA DOMÉSTICA

A Umbanda não aceita qualquer forma de violência doméstica, atendendo aos parâmetros da legislação vigente com destaque para os Estatutos do Idoso e da Criança e do Adolescente, Leis de proteção à mulher e a Carta das Nações Unidas (ONU), onde os direitos da pessoa humana devem ser preservados, combatendo qualquer tipo de violência doméstica.

O PAPEL DA MULHER NA SOCIEDADE
A Umbanda defende o direito de igualdade, sendo que a mulher deve ocupar qualquer posição na sociedade, com o mesmo tratamento.
As mulheres na Umbanda estão em todos os níveis hierárquicos da religião, mostrando a toda a sociedade o exemplo a ser seguido. Entendemos que a religião de Umbanda é exemplo a todos os segmentos religiosos, pois valorizamos as mulheres em seu exercício sacerdotal, promovendo a igualdade de gênero.

PEDOFILIA / MAUS TRATOS
A Umbanda não aceita qualquer forma de ato que atente contra a criança e o adolescente, em especial os casos de pedofilia e maus tratos e defende que as leis já estabelecidas devam ser aplicadas.
Pessoas que possuem desvio de conduta podem estar sendo obsidiadas ou mesmo necessitam de acompanhamento psicológico, unido de orientação espiritual.

POSICIONAMENTO E ÉTICA EM RELAÇÃO À UMBANDA E OUTRAS RELIGIÕES
A Umbanda traz em si a base religiosa que deve ser respeitada. Amar, respeitar, não julgar, não caluniar, atuar sempre com verdade, na base do bem, da educação e da elevação.
O posicionamento ético em qualquer religião deve se basear em tais atributos, manifestado pelo verdadeiro religioso de Umbanda.
Sobre a questão inter-religiosa, a Umbanda respeita todas as religiões e busca o Estado Laico, não discriminando nenhum tipo de manifestação religiosa que vise ao respeito e à evolução do ser humano.
Cremos na afirmação de que as religiões constituem os diversos caminhos de evolução espiritual, que conduzem a Deus.

SOBRE OS MÉDIUNS E ASSISTIDOS
Os médiuns e assistidos em geral são vistos como religiosos e devem agir como tal, acreditando em Deus, nos Orixás e Guias Espirituais, possuir os atributos da Fé, amar seu semelhante, não julgar, jamais caluniar, ser um pacificador, estar a serviço do bem e jamais utilizar o seu conhecimento de forma torpe.
Esses atributos são posicionamentos éticos para todos que comungam da Fé umbandista.


EDUCAÇÃO ESCOLAR
A Umbanda indica a inclusão nas matérias de filosofia, história, sociologia, antropologia e outras o estudo da Carta Magna de Umbanda como fonte didática e como forma de inclusão social. Assim como as demais religiões, a Umbanda passa a ter um documento que esclarece de forma objetiva, seus postulados.

DOAÇÃO DE ÓRGÃOS
A Doutrina Umbandista vê com bons olhos a doação de órgãos.
Fazemos das palavras de Chico Xavier as nossas:
Perguntaram a Chico Xavier se os Espíritos consideram os transplantes de órgãos prática contrária às leis naturais.
Chico respondeu: “Não. Eles dizem que assim como nós aproveitamos uma peça de roupa que não tem utilidade para determinado amigo, e esse amigo, considerando a nossa penúria material, nos cede essa peça de roupa, é muito natural, aos nos desvencilharmos do corpo físico, venhamos a doar os órgãos prestantes a companheiros necessitados deles, que possam utilizá-los com segurança e proveito”.
Mesmo que a separação entre o espírito e o corpo físico não tenha se completado, como nos casos de morte cerebral, a Espiritualidade dispõe de recursos para impedir impressões penosas e sofrimentos ao espírito doador. A doação de órgãos não é contrária às Leis da Natureza, porque beneficia outras pessoas e o próprio espírito do doador em sua evolução espiritual e, além disso, é uma oportunidade para que se desenvolvam os conhecimentos científicos no plano material, colocando-os a serviço de vários necessitados.
O mesmo se dá em relação À doação de sangue, medula e qualquer tecido orgânico que venha proporcionar ajuda ao semelhante. A Umbanda, assim como qualquer religião, necessita incentivar a prática de doação para amparar milhões de irmãos necessitados pelo mundo.

CREMAÇÃO
Nada aventamos fundamentalmente contra a cremação.
A cremação é legítima para todos aqueles que a desejam, desde que haja um período de, pelo menos, 72 horas de expectação para a ocorrência em qualquer forno crematório, o que poderá se verificar com o depósito de despojos humanos em
ambiente frio. Esse período é necessário, pois existem sempre muitos ecos de sensibilidade entre o Espírito desencarnado e o corpo onde se extinguiu o tônus vital, nas primeiras horas sequentes ao desenlace, em vista dos fluidos orgânicos que ainda o Espírito solicita para as sensações da existência material.
O sepultamento ou a cremação nada mais representam, para a alma, que a desagregação mais lenta ou mais rápida das estruturas entretecidas em agentes físicos, das quais se libertou.

CONCEITOS – UMBANDA NA DEFESA DA NATUREZA, NO MUNDO E NO CAMPO JURÍDICO
A Umbanda é um conjunto de leis que regem a vida e a harmonia do Universo.
Como religião ou como ciência, na Umbanda, tanto na prática ritualística material como na esfera espiritual das comunidades umbandistas, só se conhece uma hierarquia: a da evolução de cada Espírito nos diversos planos da Criação e a vibratória estabelecida pelo mérito de cada um. A par do conhecimento perfeito da vida, a Umbanda aproveita o ambiente material fornecido pela vibração humana para abrir o verdadeiro caminho da sabedoria onde se aprende que a verdade ou a realidade final do Universo é imutável. Dentro da concepção de que o aproveitamento material fornecido pelo homem é força ativa indispensável à realização da Umbanda, sobre o médium é que repousa integral responsabilidade, somente excedida pela sua própria compreensão quanto à missão que lhe é, por escolha, concedida. A Umbanda é uma síntese expressiva de Amor, Sabedoria, Respeito, Tolerância e Renúncia, tal qual nos deparamos através do Evangelho de Jesus e dos ensinamentos Crísticos, através dos Mestres do Amor que militam na religião. O Umbandista dela se serve como meio de progresso e defesa, mas nunca como instrumento de ataque. Essa síntese de concepção atende tanto a uniformidade das comunidades Umbandistas, como diretamente fica subordinada às manifestações dos diversos planos de criação, quando emanadas de uma determinação superior, única e universal.
A Umbanda está em vários países, levando a paz e a elevação de uma religião que defende os direitos pela igualdade, respeitando a pluralidade de cada nação. As bases da “Carta Magna de Umbanda” são os princípios seguidos por religiosos de Umbanda pelo mundo.
A Umbanda, como religião ecológica, tem em seus seguidores os defensores da Natureza. Entendemos que os Sagrados Orixás manifestam-se magneticamente com mais intensidade nos sítios vibratórios da Natureza, onde vamos constantemente promovendo concentrações para refazimento energético, harmonizações e captação de energias sublimes, nos reequilibrando com as forças da Mãe Natureza.
Observamos que não cabe a nenhum umbandista cultuar despachos que em sua composição estejam animais sacrificados.
As oferendas votivas realizadas pelos umbandistas no seio da Natureza, além de simples, são todas efetuadas com materiais biodegradáveis, que rapidamente se incorporarão ao meio ambiente. A religião de Umbanda defende a Natureza, preza pelas matas, mares, rios, cachoeiras, nascentes. Preza pela fauna e flora e contribui com isto com os tratados internacionais de preservação da natureza indicando a necessidade de meios de desenvolvimento que não a agridem.
Do ponto de vista administrativo jurídico, A Carta Magna de Umbanda defende a necessidade de organização jurídica e administrativa, no que diz respeito à organização dos Templos e Federações.

CANDIDATOS A POLÍTICA NA UMBANDA
A Umbanda exige que todo candidato que se apresente dentro da religião, concorde, se comprometa e assine documento público com o compromisso de seguir a “Carta Magna de Umbanda”, assumindo sua posição, expondo em seu próprio site, blog e em suas redes sociais e entendendo que este documento protege a religião de oportunistas e pessoas mal intencionadas.
Para tanto, a religião deve estar apontando qualquer tipo de possível desvio de comportamento do eventual representante da religião.
Seus representantes políticos se comprometem a não interferir na conquista de direitos individuais baseados em pressupostos religiosos da Umbanda.

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