domingo, 22 de julho de 2012

Alabê


Para ser um Alabê é necessário ter obrigação (orixá na vasilha) ser pronto na religião, ter recebido o axé de seu babalorixá, pois como alguém que não tem os pensamentos da religião Afro poderá chamar os orixás para responderem em uma obrigação.
Um Alabê que não tem um bom? Axé nas mãos uma firmeza para chamar os orixás tanto tocando quanto cantando, uma obrigação não fica completa. Por exemplo um Alabê é tão importante quanto um Babalorixá num ebó, pois nenhum dos dois pode desviar a atenção do ato a ser realizado no momento do início ao fim.
Se um alabê erra um toque no tambor quanto ao Babalorixá corta no orí de eledá de um filho, ou quando vai colocar um orixá na vasilha pela primeira vez, já não fica uma obrigação correta porquê o Alabê já não terá firmeza e a segurança que necessariamente ele teria de ter.
Num arissum já tem que ser um tambor xoxo com certeza, no quais está tocando e cantando porque os eguns não aceitam erros de jeito algum.
O mais importante para ser um Alabê é ter amor, dedicação e conhecer o suficiente de cada nação que existe em nossa religião Afro Cabinda, Geje, Oyó, Ijexá etc....... aprendendo o que dá para se fazer numa obrigação que não se deixe nada a desejar já é importante porque tudo a gente nunca vai saber, porque a gente está sempre apreendendo tanto na nossa profissão como em qualquer outra.
Um alabê precisa saber de que orixá é o axé em que está cantando o que significa aquele axé porque tudo tem um porque assim como que cada axé significa a passagem de seu orixá na terra quando aqui passou.
Num trabalho precisamos saber qual o axé cantar para cada situação e acima de tudo isso sermos humildes e termos a certeza, de que quando pegarmos um tambor estaria humildemente pedindo aos orixás que escutem nosso chamado. E que tenham misericórdia e respondam, pois para nós da religião Afro principalmente nós Alabês, que estamos chamando-os, não há momento mais sublime do que, quando os orixás venham nesta terra para nos abençoar e nos dar aquele axé e conforto em que nós tanto precisamos porque o que seria de nós sem os orixás.


Alabê Rodrigo de Oxalá