terça-feira, 18 de março de 2014

18/03/2014 - JUREMA SAGRADA

UMA CIÊNCIA CHAMADA JUREMA

Pelo formação do nosso ilê, o vodun está enraizado em nossa cultura, logo é bastante comum o culto a jurema, através dos espíritos em suas linhas falangeiras

A Jurema era denominada originalmente de CAATIMBÓ (fumaça do cachimbo) hoje em dia não se usa, pois, o termo foi deturpado e é generalizado como a feitiçaria e bruxaria malefício.

A ciência, para o discípulo de jurema é uma sabedoria que toda pessoa possui e que foi dada por Deus, mas que esta adormecida na maioria das pessoas, quando a pessoa desperta essa sabedoria adormecida, através de rituais de confirmação, consagração, encimentação se diz que essa pessoa tem ciência.

Essa ciência permite ao Juremeiro entrar em contato com o mundo invisível e desse contato promover significantes modificações em destinos e auxiliar a modificações nos destinos de outras pessoas, tais como: restabelecer a saúde, prosperidade financeira, felicidade amorosa e desenvolvimento da espiritualidade que cada pessoa possui em sua essência.

O juremeiro vê alem da forma material que as coisas possuem. Ele sabe que todas as coisas e acontecimentos possuem a sabedoria divina e passa a aprender conscientemente a lidar com elas obtendo a chamada felicidade interior.

O chão, os rios, s lagoas, as fontes De águas, as matas, os animais, a chuva, o vento, o mar, o ar que respira, o alimento que ingere, os” antepassados, e as pessoas vivas são sagrados para o juremeiro.

Um autentico juremeiro se torna uma seta no caminho das pessoas indicando uma vida melhor no meio de tanta contradição que existe no mundo. Não interfere na vida das pessoas, mas quando é solicitado pode colaborar no bem estar que as pessoas procuram. O que simboliza o caatimbó é a arvore jurema, que para os catimbozeiros é um símbolo de força e de energia e poder.

Da árvore jurema se retira sementes para encimentação de novos discípulos, o tronco para levantar no mundo material a representação do mestre do invisível e prepara com a raiz uma bebida de força chamada, dependendo do lugar de CAUIM, JUREMA, MESTRE, e CIÊNCIA. 

AS FALANGES ESPIRITUAIS DA JUREMA

Os Mestres e Mestras: São espíritos dos antepassados, pessoas que quando vivas cultuavam a Jurema e que depois de desencarnarem trabalham nas sessões de jurema. São extremamente elevados e de grande sabedoria. Exemplo: Mestre Malunguinho (maioral do ilê), Zé Pilintra (ou Filintra), Manoel Quebra Pedra, Tertuliano, Sibamba, Boaideiro, Junqueiro, Mestra Ritinha, Luziara, Paulina, Juvina, Do Carmo, entre tantos outros.
Os mestres e as mestras são de dois tipos: os trabalham na direita ou sendo o que executam trabalhos de construir, e os que trabalham na esquerda que são os responsáveis por destruir certas situações.

Caboclos: São espíritos mistos de índios com brancos e geralmente são todos oriundos do norte e nordeste do Brasil.

Os Boiadeiros e Vaqueiros: Espíritos sertanejos ligados ao interior do nordeste, havendo algumas exceções quanto a espíritos que vem de 4 outras regiões do pais e do mundo, são ligados a vaquejar gado.

Os Ciganos: Espíritos errantes que tem atuação nos trabalhos de magia Européia e Oriental, são juremeiros somente aqueles que foram para o nordeste e teve contatos com os índios.

Os Pretos Velhos: Antigos rezadores do Brasil de descendência africana, são os mais antigos zeladores dos orixás, são antigos escravos negros, são de grande sabedoria, muito são chamados de avô e avó.

Exu e Pomba Gira de Catiço: Cada pessoa tem pelo menos um Exú que age e está perto dela desde o dia do seu nascimento; o chamado Bará ou Elegbará ou ainda Exú do Corpo. Depois, tem também pelo menos uma Pombagira, que não sendo verdadeiramente um Exú, assume o lado feminino.

Cada Exú tem assim a sua parte feminina ou contrapartida, que na verdade são a mesma Energia sob aparências distintas, temos assim:

Exú Rei das Encruzilhadas / Pombagira Rainha das Encruzilhadas;
Exú das Matas / Pombagiras das Matas;
Exú Giramundo / Pombagira Giramundo;
Exú do Cravo Vermelho / Pombagira da Rosa Vermelha;
Exú Mulambo / Pombagira Maria Mulambo;
Exú Sete Capas / Pombagira Sete Saias;
Exú 7 Estrelas / Pombagira 7 Estrelas; etc.

A CIDADE DA JUREMA (ELEMENTO E COMPOSIÇÃO)

A cidade da jurema e um dos doze reinos na qual o mestre que foi consagrado pertence ele na verdade é um altar composto e organizado da seguinte forma:

Princesa mestra: A Direita do Mestre / Caboclo É uma taça ou bomboniere de cristal com água. Serve para tranqüilizar e equilibrar a ciência no fundo e um cristal de torre para que aja simpatia, com exceção do reino das covas de Salomão.

Ao redor do príncipe mestre ficam sete príncipes (copos) ou sete princesas (taças) cada um tem um significado especifico para jurema.

A frente do conjunto dos príncipes e princesas fica o castiçal de três bocas,
Onde se acende três velas brancas que são os três generais da jurema o da esquerda e o da guarda das almas, o do centro é o guarda da cidade espiritual do discípulo, a da direita é o da guarda das matas de onde vem a ciência do juremeiro.

Ao lado direito fica o bodoque dos caboclos, com uma quartinha d’água usada para abrir os caminhos para as pessoas.

Ao lado esquerdo fica o cruzeiro de luz que simboliza as almas dos mestres com seu rosário para a solução dos problemas. Também fazem parte da cidade, Uma campa (sino) par as evocações.

Uma garrafa de cauim (jurema) que desperta a ciência e atrai o espírito.

Uma garrafa de mironga de cabeça para a purificação.

Três ofertórios um com mel outro com vinho e o outro com incenso.

Uma garrafa de água benzida para livrar das perturbações.

A marca mestra que é uma maraca com feita de cabaça para as louvações são duas a da esquerda e a da direita.

A marca cachimbo de jurema dependendo da ciência para armazenar e enviar recados, um para esquerda e outro para a direita.

A mistura para cachimbo, fumo, erva doce, alfazema, alecrim, âniz estrelado.

Esses Elementos Básico, e que compõem a mesa da Jurema. Sendo que a Esquerda do Caboclo e a Esquerda do Mestre fica escondido de baixo da Mesa e ou um lugar sendo o acesso somente ao Padrinho Mestre, Madrinha de Vela, Juremeiro dono da Corrente, e ou o Guardião da Jurema.

Esses reinos pertence aos primeiros juremeiro, os que iniciaram o culto da jurema. 

Fazem parte desse reino as Caiporas, que são encantados da família de Florzinha e os Curupiras, ambos são muito temperamentais. 

Daí o motivo desse reino ter vários curandeiros, casamenteiros, violeiros, rezadores, parteiras, praticam a magia imitativa e simpática.

Obs.: Reis, Rainhas, príncipes, princesas, encantados da mata, e fidalgos do tempo do Brasil Colônia. 

Cidade (aldeia) Estrela Dalva. Reino do Vajucá (Atividade) Este reino se localiza ao nascer do dia na direção ao norte, depois ele perde o contato. É um reino de muitos mestres do Rio Grande do Norte e redondezas, com grande afluência de caboclos e pretos velhos, existem grandes conhecedores de plantas medicinais neste reino. É um reino ligado aos caboclos sérios e caboclos bravos. É um reino constituído de grandes florestas e caatingas tribos inteiras moram nesta matas. 

A HISTÓRIA DOS MESTRES

1. Malunguinho - Rei do Quilombo do Catucá:

Líder quilombola mais temido em Pernambuco nas primeiras décadas do século 19, o negro Malunguinho é dono de uma história singular, porém praticamente anônima. Basta dizer que o Conselho de Governo, principal órgão consultivo da província e que deu origem à Assembléia Legislativa, gastou uma reunião inteira discutindo um possível ataque dos escravos refugiados na Floresta do CATUCÁ (Mata Norte, entre Recife e Goiana) ao Recife. A suposta invasão aconteceria em 1827, comandada por Malunguinho.

Mestre João, que entrou para a historia conhecido como Mestre Malunguinho (de "MALUNGO"- "companheiro de viagem") , viveu em Pernambuco na primeira metade do século XIX, quando foi chefe (Rei) do quilombo do CATUCA´. Como "irmão do quilombo" foi libertador de muitos de seus irmãos que viviam no cativeiro das senzalas. Era temido por todos os senhores brancos e dizia a lenda que ele tinha uma chave mágica que abria todas as correntes, todas as senzalas. 

Era respeitado por seu povo como rei de enorme sabedoria, herói, guerreiro e libertador...Não haviam caminhos fechados para MALUNGUINHO...Grande rei e sacerdote do povo BANTU. 

A tradição do TOREH nos conta que quando o exercito invadiu o quilombo do CATUCÁ, Malunguinho foi ferido, mas não foi capturado. Foi abrigado, quase a beira da morte, pelos índios, os quais curaram seus ferimentos, e entre os quais ele passou a viver por muitos anos. Foi nesse período que Mestre João – Malunguinho teve seu reencontro com a JUREMA SAGRADA, assumindo a missão que lhe estava reservada, pela Força Superior, no ADJUNTO DA JUREMA, foi reconhecido em seu tempo como o maior entre todos os JUREMEIROS, cumpriu honrosamente sua missão de MESTRE e LIBERTADOR, não só libertador dos negros escravos presos nas senzalas mas sobretudo um LIBERTADOR DE ESPIRITOS , espíritos aprisionados ate´ então no cativeiro espiritual da ignorância e da ilusão; libertou muitos cativos, com a chave mágica do AJUCA, voltando-os em direção a LUZ para seguirem firmes dentro do caminho da JUREMAÇAO. Para cumprir esta missão MESTRE JOÃO (MESTRE MALUNGUINHO) recebeu, uma vez mais, sob a ACACIA JUREMA, a posse da Chave dos Mistérios, e com ela conduziu exemplarmente seus discípulos dentro da JUREMA, como MESTRE-GUIA, restaurando a pureza do culto, o qual estava bastante ressentido da falta de um verdadeiro MESTRE ENCARNADO naquele tempo. 

MALUNGUINHO não é, simplesmente como muitos pensam, "o exu da jurema", na verdade MALUNGUINHO, MESTRE JOAO, o "REI DAS MATAS”, e uma manifestação do espírito de CARIDA, é o MESTRE-GUIA, o guardião, o que tem a Chave-Mestra da JUREMA, a qual recebeu de TOREH "JERUBARI" como um poder de realizar a Sua obra na Terra. 

Com MALUNGUINHO, a luz capital do ADJUNTO DA JUREMA, a qual havia se ocultado no oriente, firmou-se fortemente desde o seu caminho de volta ao ocidente, pelo caminho do SOL. A trajetória de Malunguinho em muitos pontos identifica-se de forma misteriosa , `a trajetória de outros destacamentos emissários da luz da Acácia no Oriente....como, por exemplo, MOISES, o qual também levou a cabo a missão de reunir o seu povo disperso, livrando-o do cativeiro e da escravidão, para levá-los novamente ao caminho da Luz. 

Aqueles que já tiverem lido cuidadosamente a Bíblia, ou a TORAH, devem se recordar que o grande SENHOR do Universo apresentou-se a MOISES numa ACACIA, numa JUREMA, o que não é, nem nunca foi uma simples coincidência; Interessante notar que muitos dos ensinamentos de MOISES com relação ao Culto da ACÁCIA passaram aos nativos da África, especialmente aos BANTOS, antepassados de Malunguinho, através de JETRO, sogro de Moises, e grande iniciado nos Mistérios da ACÁCIA. 

Nos documentos da polícia não há registro da morte ou captura de Malunguinho. O quilombo foi dizimado por volta de 1830. 

" MALUNGUINHO, O´ MALUNGUINHO,CABOCLO INDIO AFRICANO, SALVE O MESTRE DA JUREMA, OS SEUS FILHOS TAO CHAMANDO. MALUNGUINHO, O´ MALUNGUINHO, CABOCLO INDIO RIÁ ABRE AS PORTAS DA JUREMA SETE PEDRA IMPERIA COM A CHAVE DE SALOMAO E O AGO CELESTIA´ " 


2. Mestre Zé Pelintra (Pai de Zé Filintra)

José dos Anjos, nascido no interior de Pernambuco, era um negro forte e ágil, grande jogador e bebedor, mulherengo e brigão. Manejava uma faca como ninguém, e enfrentá-lo numa briga era o mesmo que assinar o atestado de óbito. Os policiais já sabiam do perigo que ele representava. Dificilmente encaravam-no sozinhos, sempre em grupo e mesmo assim não tinham a certeza de não saírem bastante prejudicados das pendengas em que se envolviam.

Não era mal de coração, muito pelo contrário, era bondoso, principalmente com as mulheres, as quais tratava como rainhas.

Sua vida era a noite. Sua alegria, as cartas, os dadinhos a bebida, a farra, as mulheres e por que não, as brigas. Jogava para ganhar, mas não gostava de enganar os incautos, estes sempre dispensava, mandava embora, mesmo que precisasse dar uns cascudos neles. Mas ao contrário, aos falsos espertos, os que se achavam mais capazes no manuseio das cartas e dos dados, a estes enganava o quanto podia e os considerava os verdadeiros otários. Incentivava-os ao jogo, perdendo de propósito quando as apostas ainda eram baixas e os limpando completamente ao final das partidas. Isso bebendo aguardente e outros alcoólicos que aparecessem.

No Nordeste, mas precisamente em Recife ele é considerado um doutor, é curador, é Mestre e é muito respeitado. Em poucas reuniões não aparece seu Zé. 

Na Jurema, Seu Zé, não tem a menor conotação de Exu, a não ser quando a reunião é de esquerda, por que o Mestre tem essa capacidade. Tanto pode vir na direita ou na esquerda. Quando vem na esquerda, não é que venha para praticar o mal, é justamente o contrário, vem revestido desse tipo de energia para poder cortá-la com mais propriedade e assim ajudar mais facilmente aos que vem lhe rogar ajuda.

No Catimbó, Seu Zé usa bengala, que pode ser qualquer cajado, fuma cachimbo e bebe todo tipo de bebida como dito acima, com preferência para a cachaça / whisky e o vinho tinto. Dança côco, baião e xaxado, sorri para as mulheres, abençoa a todos, que o abraçam e o chamam de padrinho. É junto com Zé Malunguinho e Zé Sibamba um dos mestres mais conhecidos na Jurema, quase em todo terreiro do Brasil tem ao menos um filho de Zé Pelintra.

Zé Pelintra por ter cumprindo seu papel espiritual na terra, não desce mais para trabalhar deixando a cargo de sua falange seu filho conhecido como Zé Felintra, também conhecido como Zé dos Anjos.

A muitas outras historias sobre seu Zé Pelintra, algumas contam de suas andanças pela Cidade do Cabo (região Metropolitana do Recife) onde freqüentava os bares e por lá teria conhecido seu Tertuliano, outro mestre da Jurema Sagrada.

3. Mestre Sibamba

Mestre Sibamba é uma entidade, onde sua história de vida relata as épocas da época da Brasil Império (Século XIX), veio de Portugal para o Ceará ainda criança.

Ao chegar aqui no Brasil, durante período de longa seca perdeu a mãe sendo criado pelo seu pai, que era dono de um bar.

O Pai de Sibamba era alcoólatra e tendo Sibamba apenas dois anos de idade, o pai, na intenção de matá-lo, diariamente embriagava Sibamba, porém ao invés de morrer Sibamba se adaptou ao álcool e, portanto se tornando um bebedor de primeira. Já Adulto o pai faleceu e ele assumiu o bar. 

Por costume Sibamba bebia muito, mas nesta altura já era um grande catimbozeiro, culto fortemente enraizado no Nordeste, trazido pelos negros e agregados aos cultos indígenas e outros costumes, da miscigenação cultural do nosso País. Na linha Nagô, que significa "Rei de Magias", ele sabia usar as ervas para banhos de cura, fazia partos (era um ótimo parteiro) tirava costelas montadas, rezava as crianças de mal olhados e tudo mais.

Então Sibamba ficou conhecido como o maior juremeiro do Ceará. Com toda a fama que fizera despertou de alguns inveja e despeito, quando descobriram que montaram uma cilada para matar Sibamba. Como ele gostava de beber, fizeram uma festa em um cabaré e o embebedaram tanto até ele cair. 

Porém Sibamba alem de catimbozeiro era forte e destemido, e para matá-lo foram necessário muitos homens.

Com o passar do tempo e sua evolução na doutrina espiritual da Jurema, Sibamba designado pelos superiores para trabalhar na linha de Mestre, sendo considerado um dos maiores e respeitados até hoje. Sibamba como outros trabalham na falange de Zé, entre eles estão Zé Pelintra, Zé Malunguinho, Zé Pretinho, entre outros.

4. Outros Mestres e Mestras da Jurema:

Mestra Maria do Acaís (Maria Gonçalves de Barros)
Mestre José Anjos ou Zé Filintra
Mestre Major do Dia 
Mestre Cabeleira (Dom José do Vale) 
Mestre Zezinho do Acais
Mestre Cangaruçu
Mestra Princesa Leusa
Mestra Maria Luziara
Mestra Joana Pé de Chita (Joana Malhada)
Mestra Rita Bagaceira
Mestra Paulina
Mestra Damiana Guimarães
Mestre Emanoel Maior (Emanoel Cavalcante de Albuquerque) 
Mestre Manoel Cadete
Mestre Marechal Campo Alegre
Mestre Arcoverde
Mestre Tertuliano
Mestra Ritinha
Mestra Piorra
Mestre Carlos Velho (José Carlos Gonçalves de Barros)
Mestra Maria Solomona
Mestra Judith do Barracão
Mestre Antônio Macieira
Mestre Eron
Mestre Cesário
Mestra Jardecilia ou Zefa de Tiíno
Mestre Tandá
Mestra Izabel
Mestre Zé Quati
Mestre Casteliano Gonçalves
Mestra Fortunata do Pina (Baiana do Pina)
Mestre Nêgo do Pão
Mestra Maria Magra
Mestre Candinho
Mestre Manoel Quebra Pedra
Mestre Zé Pretinho
Mestre Zé Moleque
Mestre Durval
Mestre Pilão
Mestra Juvina
Mestre Galo Preto
Mestre Aroeira
Mestre Junqueiro (ou Mestre da Lagoa do Rancho)

Entre outros tantos cultuados pelo País a Fora